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Este estudo investiga de forma comparativa a aceitação social da energia eólica offshore (no mar) em duas cidades do sul do Brasil, uma delas com um parque eólico onshore (em terra). O trabalho buscou compreender se a presença do parque eólico onshore influencia a percepção das comunidades em relação à energia eólica offshore. A coleta de dados foi realizada através de questionários para analisar possíveis diferenças na opinião das pessoas entre os dois locais. O total de questionários aplicados foi de 326, destes 261 concordaram em responder a pesquisa. Depois de realizar um filtro de acordo a garantir que todos os campos estivessem preenchidos e apenas os municípios estudados fossem considerados, o total da amostra foi de 214 respostas válidas. Levando em consideração o conjunto completo de observações válidas verificou-se que 64,5% das respostas vieram do RS, enquanto 35,5% são de SC. Essa discrepância se dá em função da pesquisa ainda estar em andamento, de forma que os resultados abaixo são parciais. Embora a maior parte dos entrevistados não estivesse familiarizada com a energia eólica offshore, a grande maioria concordou integralmente que o Brasil deveria investir nessa energia renovável. As duas comunidades perceberam potencial para geração de energia eólica offshore em seus municípios. Ambas as localidades enxergam benefícios sociais significativos nessa forma de energia, entretanto, apontaram respostas desfavoráveis quanto aos potenciais efeitos sobre o ecossistema marinho e as atividades de pesca industrial. Alguns dos resultados apontam falta de conhecimento sobre essa forma de geração, indicando a necessidade de maior conscientização uma vez que existem diversos projetos em licenciamento no Ibama para geração eólica offshore no país. Concluímos que, apesar das preocupações específicas, a receptividade geral destaca o potencial positivo da energia eólica offshore na região. |
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