Avaliação temporal da ocorrência da Araucaria angustifolia em Sistemas Agroflorestais para produção de pinhão

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Avaliação temporal da ocorrência da Araucaria angustifolia em Sistemas Agroflorestais para produção de pinhão

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Título: Avaliação temporal da ocorrência da Araucaria angustifolia em Sistemas Agroflorestais para produção de pinhão
Autor: Luciano, Enzo Gonçalves
Resumo: Entender a dinâmica da paisagem é essencial no processo de conservação ambiental, logo, o estudo sobre o uso da terra se faz fundamental para o equilíbrio entre os ecossistemas naturais e antrópicos. A Araucaria angustifolia, componente da Floresta Ombrófila Mista (FOM), desempenha inúmeros papéis ecossistêmicos e sociais em suas áreas de inserção. No Planalto Serrano Catarinense (PSC) desenvolveu-se uma interação diferenciada, onde coletores buscam pelo pinhão em áreas que se caracterizam como Sistemas Agroflorestais. Entretanto, a impossibilidade de manejo mostrou-se um desafio na perpetuação desses ambientes, uma vez que o alto adensamento de árvores, devido a proibição do corte, resultou na diminuição da produção. Logo, torna-se importante compreender quais direcionamentos a FOM está tomando, para então buscar soluções eficientes. Com isso em vista, o presente projeto buscou compreender a dinâmica de uso da terra entre 1985 e 2021 para quatro esferas de observação: a Floresta Ombrófila Mista em Santa Catarina, o Planalto Serrano Catarinense, municípios alvo (Bom Jardim da Serra, Painel, São Joaquim, Urubici e Urupema) e propriedades para estudos à campo. De forma geral, imagens de satélite fornecidas pelo MapBiomas foram a base de dados para estudo, ressaltando que, no caso das propriedades, além de imagens satelitais, utilizaram-se visitas in loco para verificação das características das áreas de coleta de pinhão. Após o refinamento das informações, encontrou-se uma tendência esperada e ocorrente para as formações naturais, à qual é caracterizada pela diminuição de suas áreas devido ao avanço da atividade antrópica. A FOM demonstrou uma diminuição de 27.484,1 ha (16%) em relação a sua área florestal. Similarmente, no Planalto passou-se 39,1% em 1985 para 34,8% em 2021. Em contraste, atividades como a agricultura, pecuária e silvicultura tiveram uma ascensão, chegando somadas a 34,7% da paisagem do PSC. Focando nos municípios alvo, a tendência se mantém e é novamente representada nas propriedades visitadas, destacando Painel com as maiores perdas. Vale destacar que, a conversão de uso da terra mais recorrente é pela substituição de florestas nativas por plantadas. Além disso, e por meio da instalação de áreas de estudo com dimensões de 2 ha totais contendo 4 parcelas internas de 40 x 50 m, levantou-se uma ocorrência de 59 grupos botânicos para 11 propriedades, variando-se as classes diamétricas a partir de um limite inferior de 10 cm o diâmetro à altura de peito. Adicionalmente, a representatividade da araucária chegou a 95% do total de árvores em umas das localidades. A partir desses dados foi possível verificar que as formações naturais vêm sofrendo constantemente com as ações antrópicas. Ainda, através dos levantamentos a campo, notam-se diferentes composições florísticas para as áreas de coleta de pinhão. Conciliar a manutenção da comunidade e meio ambiente será essencial para a conservação da Floresta e da Araucaria angustifolia.
Descrição: Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica. Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Agrárias Departamento de Agricultura, Biodiversidade e Florestas
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/250449
Data: 2023-09-06


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