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RESUMO
O corpo não é uma entidade universal e objetiva, mas sim influenciado por crenças, valores, conhecimentos e práticas de uma sociedade. A pesquisa que aqui se realiza, sobre o site da revista Boa Forma, teve como objetivo analisar como as estratégias de persuasão e construção do corpo se dão no tempo presente. O estudo considera a passagem da revista do formato impresso para online, explorando possíveis mudanças nas estratégias em reação aos anos 2000, e a influência da pandemia de Covid-19. Para tanto, foram analisadas as matérias postadas no site da Boa Forma entre o período de início e fim da pandemia (2021- 2023). Por meio da pesquisa foi observado: a) a criação de proximidade com as leitoras; b) a ambiguidade do discurso da revista que oscila entre aceitação e padrões inatingíveis; c) também explora aspectos ligados à pandemia, destacando a mudança para treinos em casa; d) aborda a estratégia moderna de referenciar tendências das redes sociais e celebridades; e) discute formas de persuasão, incluindo elementos morais e a culpa por não seguir padrões; f) por fim, destaca o corpo como investimento, gerando consumo de produtos e serviços para atingir padrões ideais. Esses tópicos revelam as estratégias do site na influência da percepção do corpo e mostram como a construção cultural é uma interação de mensagens, expectativas sociais e influências contemporâneas. A análise dos dados permite nos ver sobre as principais mudanças na construção e na ideia de um corpo perfeito, onde podemos ver como a ideia do corpo perfeito nos anos 2000 seria de um corpo 100% natural, enquanto hoje em dia, apesar de o ideal de corpo perfeito não tenha sofrido tantas mudanças, podemos ver a presença de matérias no site da Boa Forma que incentivam o uso de técnicas não-naturais como: Cirurgia, Injeções, implantes etc. Outra coisa que podemos perceber por meio da análise é como o foco e o assunto das matérias mudaram drasticamente durante o período da pandemia, onde podemos perceber que maior parte das matérias falava sobre os melhores treinos para se fazer em casa, sem largar a mão da ideia do consumismo já que aos mesmo tempo que a matéria dizia se preocupar com a leitora o site ainda tentava incentivar que elas continuassem comprando, passando assim a presença de uma grande ambiguidade nas falas da Boa Forma. |
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