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Na última década, células estromais mesenquimais (CEM) têm sido alvo de inúmeros estudos avaliando seu potencial terapêutico na regeneração tecidual. Assim como a medicina humana, a medicina veterinária também apresenta interesse na utilização das CEMs como estratégia terapêutica para animais de companhia. Tal interesse é reflexo de importantes fatores apresentados pelas CEMs no reparo de tecidos, como o potencial proliferativo e migratório. Para estudar e avaliar estas características existem algumas atividades que podem ser realizadas in vitro, sendo uma das mais simples e práticas o ensaio de fechamento de ferida (“Scratch Assay”), que consiste em provocar uma lesão mecânica na monocamada de células obtida no cultivo celular, e observar o fechamento desta ferida. No entanto, a prática deste ensaio em diferentes passagens do cultivo celular apresenta padrões migratórios, proliferativos e morfológicos bastante heterogêneos, tanto antes quanto após a realização do ensaio. Sendo assim, o presente estudo buscou avaliar o tempo de confluência de CEM derivadas do tecido adiposo subcutâneo canino (CEM-TAC) em a técnica de ensaio de scratch assay, através da análise da morfologia e densidade celular de CEM-TACs após diferentes condições de plaqueamento para o ensaio de fechamento de ferida. Além disso, a utilização de inibidores proliferativos foi também avaliada. Análises do tempo para obtenção da monocamada de células após o plaqueamento foram realizados em diferentes passagens, juntamente com a contagem destas células ao chegar na confluência de monocamada (~90%), e demonstraram que a quantidade de 2 x 104 células plaqueadas apresentam um tempo para obtenção da monocamada ideal e um bom número de células ao final, diferente de outras quantidades testadas. Análises demonstraram também a alteração morfológica das CEM-TACs ao decorrer das passagens celulares, apresentando uma hipertrofia e perda do seu formato fusiforme. Quanto à realização do ensaio de fechamento de ferida observou-se que diferentes condições de plaqueamento não apresentaram mudanças significativas no fechamento da ferida, e uso do inibidor de proliferação mitomicina deve ter seu uso avaliado no ensaio de fechamento de ferida. Esses resultados sugerem que as diferentes condições de plaqueamento influenciam principalmente fatores anteriores à realização da ferida, como no tempo para obtenção da monocamada e no número final de células, e de que a morfologia alterada ao longo das passagens tem grande impacto nisso. Ademais, tais aspectos relacionados à prática do scratch resultam em vastas condições de realização da técnica. |
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