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Conhecer a morfologia das ectomicorrizas (ECMs) permite que elas sejam reconhecidas e que suas características sejam incluídas em estudos sistemáticos do fungo e estudos anatômicos da raiz da planta. Essas informações são importantes para comparar o funcionamento de morfotipos de diferentes táxons ao nível fisiológico, funcional e ecológico. A biologia molecular permite identificar os parceiros simbiontes através do código de barras com a região ITS e contribui para estudos filogenéticos dos táxons. Neste trabalho, demonstramos a diversidade de ECMs observada em uma área de restinga na Ilha de Santa Catarina, Brasil. São apresentadas fotos dos morfotipos com identificação da planta e do fungo. Solo e pontas de raízes foram coletadas em uma área submetida ao processo de restauração ecológica no Monumento Natural Municipal da Lagoa do Peri. As ECMs foram morfotipadas, fotografadas e descritas sob microscópio estereoscópico de acordo com métodos clássicos para ECMs. Cerca de 30 morfotipos foram reconhecidos com base na morfologia externa. As ECMs guapirioides identificadas incluem Austroboletus festivus (Singer) Wolfe e Russula puiggarii (Speg.) Singer. Sete morfotipos correspondem a membros da família Thelephoraceae, a mais representativa. Outros morfotipos correspondem a táxons de Amanitaceae, Suillaceae e Sclerodermataceae. Os resultados apontam para uma diversidade maior do que se acreditava existir, tanto acima quanto abaixo do solo, e confirmam a mudança de paradigma sobre a diversidade de ectomicorrizas na região neotropical. |
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