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Contexto: Um estilo de vida que inclui hábitos não saudáveis está associado a um maior risco de desenvolver transtornos depressivos, entretanto, nos estilos de vida, podem coexistir comportamentos positivos e negativos sinergicamente. Este estudo teve como objetivo investigar a associação entre clusters de comportamento do estilo de vida e depressão em brasileiros.
Métodos: Estudo transversal de análise secundária da Pesquisa Nacional de Saúde 2019. Participaram do estudo brasileiros a partir dos 15 anos de idade. Estes responderam questionários sobre consumo de doces e refrigerantes, consumo de frutas e verduras, tempo de tela, atividade física, uso de tabaco e uso de álcool. A variável dependente foi o histórico clínico de depressão auto-reportado. Foi utilizada uma análise de cluster de duas etapas para identificar perfis de estilo de vida. O teste de qui-quadrado foi aplicado para a associação entre entre estilo de vida e depressão.
Resultados: Um total de 90.814 brasileiros foram analisados e três clusters de estilo de vida foram observados. Os “At Risk”, cluster com os hábitos menos saudáveis, representa 12,5% da amostra e apresentou uma prevalência de depressão de 10,9%. Já o cluster “Active and Alcohol Enthusiastic”, que combina hábitos protetivos com hábitos considerados não saudáveis, apresentou a menor prevalência de depressão (7,3%). O cluster “Healthiers” apresenta os hábitos mais saudáveis entre os três agrupamentos, e teve uma prevalência de depressão de 9,8%. Existe associação entre os perfis de estilo de vida e depressão (p < 0,001).
Conclusão: Clusters que combinam múltiplos comportamentos deletérios de saúde podem expor os brasileiros à depressão. A sinergia entre comportamentos positivos e negativos foi observada e o cluster que inclui comportamento ativo pode ser protetivo à saúde mental. |
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