Aspectos morfofisiológicos de macroalgas utilizadas nos processos de biorremediação ambiental.

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Aspectos morfofisiológicos de macroalgas utilizadas nos processos de biorremediação ambiental.

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Título: Aspectos morfofisiológicos de macroalgas utilizadas nos processos de biorremediação ambiental.
Autor: Nascimento, Yasmin Rodrigues
Resumo: Devido a intensa urbanização e o avanço das construções em ambientes costeiros o volume de efluentes depositados em rios e mares tornou-se uma área de estudo e monitoramento intensivo a fim de analisar como os organismos que vivem nesses ambientes reagem com essa grande presença de matéria orgânica. Em janeiro de 2021, ocorreu um grave acidente de despejo de efluente na Lagoa da Conceição, que é um importante ecossistema para a região, já que muitos moradores dependem tanto da atividade pesqueira quanto turística, o incidente causou sérios danos ambientais e preocupações para a comunidade local. O despejo recorrente de efluentes é um problema comum, porém, a gravidade deste evento destacou a urgência de ações preventivas e de restauração sem prejudicar a população. Diante disso, surgem alternativas, como a biorremediação com macroalgas verdes, devido à sua presença natural nas áreas costeiras, crescimento rápido e capacidade de absorção de nutrientes. No presente estudo foi utilizado a macroalga Ulva lactuca, a qual se destaca pela sua vasta distribuição em diferentes tipos de ambientes costeiros o que caracteriza que sua capacidade de adaptação é relevante para os estudos de biorremediação. Foram selecionadas duas áreas na lagoa para a coleta de água: P1 - Ponta das Almas, e P2 CASAN (água coletada na região do derramamento de efluentes). Espécimens Ulva lactuca foram coletadas em Ponta das Canas aclimatadas as condições de laboratório para os experimentos. Após a aclimatação, os espécimes de foram cultivados em três diferentes condições durante 14 dias a saber: controle (água mar com a adição de solução de von Stoch), Grupo P1 (Ponta das Almas) e grupo P2 Casan. No início, no meio e no final dos experimentos foram quantificados os nutrientes os principais nutrientes orgânicos. Os dois pontos da lagoa foram comparados com o grupo controle, o que simula as condições ideais para o crescimento de U. lactuca, sendo assim possível é correlacionar os dados. Após 7 e 14 dias foi avaliado a taxa de crescimento. No final do experimento (14 dias), o material foi separado para as análises em microscopia de luz, confocal, quantificação de (amido, açucares, clorofila a carotenoides). Os resultados obtidos mostraram que em 7 dias, os espécimes de U. lactuca, cultivados com água do ponto P2 apresentaram um crescimento estatisticamente igual ao grupo controle, entretanto os cultivados com a água do ponto P1 apresentaram uma redução na taxa de crescimento. Porém, no final de 14 dias, os espécimes cultivados com água da lagoa (P1 e P2) apresentaram uma redução na taxa de crescimento quando comparadas com o controle. Análises microscópicas e bioquímicas confirmaram as alterações, com o acúmulo de grãos de amido e a diminuição dos pigmentos clorofila e carotenoides nas macroalgas cultivadas em P1 e P2 quando comparadas as plantas controle. Esse estudo realça a importância da compreensão dos impactos do despejo de efluentes em ecossistemas costeiros e introduz a U. lactuca como uma possível ferramenta de biorremediação, embora exija ajustes no período de análise para avaliar sua eficácia completa.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/249750
Data: 2023-08-31


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