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Introdução: Considerando a audição fundamental para o desenvolvimento do neonato e visando a identificação precoce de uma perda auditiva para minimizar os seus impactos, no Brasil, a realização da Triagem Auditiva Neonatal (TAN) é obrigatória e gratuita. A Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (RCPD) se faz fundamental para promover a estimulação, autonomia e a participação efetiva dos deficientes auditivos na construção de projetos de vida pessoais e sociais. Objetivo: Analisar o monitoramento na população infantil da Rede de Cuidados à Saúde da Pessoa com Deficiência no Sistema Único de Saúde no estado de Santa Catarina. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo e prospectivo, com análise do banco de dados do Instituto Otovida, serviço credenciado ao programa de saúde auditiva do estado de Santa Catarina. Utilizou-se a análise de regressão logística para estimar a associação entre a exposição principal e o desfecho do estudo proposto. Foram estimadas as odds ratio (OR) brutas e ajustadas no software Stata®, versão 14. Resultados: De um estudo ampliado com 34.801 neonatos, 392 (1,13%) falharam na TANU. Com relação à idade materna, houve maior frequência de mães com idades entre 20 e 29 anos na amostra (53,18%). Doenças infecciosas estavam presentes em 2,75% dos neonatos, enquanto a prematuridade e a internação em UTIN apresentaram valores superiores a 3,65%. Houve maior frequência de falha na TANU em neonatos de mães com idades ≤ 19 anos, e, com relação às doenças infecciosas, houve maior proporção de falha. Nas análises de dados do serviço credenciado ao SUS de referência para a Saúde Auditiva no Estado de SC, houve atendimento superior aos 95% preconizados nas MCD e HRSJ. Foram encaminhados para reteste no serviço de referência em TANU, 1,106% (IC95% 1,001%-1,226%) dos neonatos, com menor percentual nos anos de Pandemia. Os neonatos nascidos em 2021, quando comparados aos nascidos em 2017, há cerca de 91% menos chance de a criança falhar no TANU, já se a criança for HIV positiva ela apresenta seis vezes mais chances (entre 388 a 1.143% a mais chances de falhar no TANU). Considerando os demais fatores constantes, cada ano de vida a mais da mãe protege o bebê em 2% de passar no TANU. Conclusão: O serviço de referência de TANU onde este estudo foi realizado alcançou a cobertura de triagem nas maternidades MCD e HRSJ. A TANU foi realizada antes da alta hospitalar nos últimos cinco anos, porém, em março de 2020 foi realizada em ambiente ambulatorial dentro do prazo recomendado até 30 dias de vida. O conhecimento quanto a aspectos multidimensionais da saúde para os distintos ciclos de vida representa uma estratégia de cuidado integral, visando conhecer o perfil populacional, as demandas e questões de vulnerabilidade em saúde, de forma especial quanto às políticas e serviços já existentes voltados para essas populações. |
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