Abstract:
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A pobreza feminina apesar de ser considerada um fenômeno contemporâneo que
ganhou maior visibilidade na década de 1970, apresenta-se como um fenômeno de
raízes profundas que só podem ser explicadas a partir de uma análise societária da
posição da mulher na sociedade capitalista. Neste trabalho busca-se evidenciar as
relações estruturais ainda existentes na sociedade brasileira assim como se faz um
diálogo, mesmo que breve, sobre as condições históricas que ainda incidem sobre a
condição feminina e que resultam na feminização da pobreza. Não podemos discutir
pobreza da mulher sem demonstrar que as mazelas do capitalismo, da sociedade
patriarcal e a desigualdade de gênero são elementos estruturantes da sociedade
brasileira e responsáveis por acentuar a feminização da pobreza principalmente no
contexto da crise sanitária de covid-19. Dessa forma, o objetivo geral do trabalho é
analisar o lugar da mulher na sociedade ao longo das distintas fases do capitalismo
como forma de explicar se a feminização da pobreza é um fenômeno atemporal. Como
objetivos específicos, busca-se: a) identificar os fatores históricos que contribuem para
a feminização da pobreza; b) conceituar o termo feminização da pobreza; c)
demonstrar como a divisão da sociedade e a desigualdade de gênero influenciam
diretamente na condição atual das mulheres. Para realização deste estudo
recorremos à revisão bibliográfica em livros, artigos e sites, chegando à conclusão
que a feminização da pobreza é um fenômeno atemporal que se evidencia na
sociedade principalmente com o avanço do capitalismo, sendo respaldado pelo
sistema histórico e estrutural da gênese de formação da sociedade. |