Abstract:
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Introdução: O diabetes representa um distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia
persistente. Suas complicações resultam em complexos prejuízos biológicos, financeiros e
sociais para os acometidos e seus familiares. Dentro dessa configuração, encontra-se a
neuroartropatia de Charcot, entidade clínica determinada por destruição óssea e articular das
extremidades dos membros com inervação sensória corrompida. A partir dessa perspectiva, este
estudo identificará a influência dos achados radiológicos incipientes no prognóstico dos
pacientes diabéticos que desenvolveram tal patologia, a fim de abrandar os danos oriundos de
seu processo. Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa de natureza analítica
ampla e de abordagem qualitativa. Utilizou-se os descritores radiografia, diagnóstico precoce,
artropatia neurogênica, complicações do diabetes e pé diabético, aplicados nas plataformas
COCHRANE Library, EMBASE, PubMed/MEDLINE, Scopus e Biblioteca Virtual em Saúde
(BVS). Resultados e Discussão: Os artigos analisados concluíram, em sua totalidade, que a
radiografia, apesar do menor custo e tempo destinados à sua execução, possui baixa
especificidade e sensibilidade na detecção inicial da doença, já que pouco evidencia alterações
na fase incipiente. Na existência delas, consistem em achados de desmineralização focal,
mínimo edema nos tecidos moles, fratura subcondral na cabeça do segundo metatarso e ligeira
reabsorção óssea tangente a articulação danificada. Em contrapartida, a ressonância magnética
apresenta alta precisão diagnóstica no estágio 0 ou Charcot agudo, figurando como a eleita para
a confirmação de suspeita clínica quando há ausência de alterações ao raio-x. |