dc.contributor |
Universidade Federal de Santa Catarina. |
pt_BR |
dc.contributor.advisor |
Sousa, Iane Franceschet de |
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dc.contributor.author |
Sapelli, Bianca Larissa |
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dc.contributor.author |
Krause, Mathias Von Den Bylaardt |
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dc.date.accessioned |
2023-07-04T13:56:56Z |
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dc.date.available |
2023-07-04T13:56:56Z |
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dc.date.issued |
2023-06-21 |
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dc.identifier.uri |
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/248038 |
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dc.description |
TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Campus Araranguá, Medicina. |
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dc.description.abstract |
Introdução: O aumento de doenças crônicas e degenerativas alterou, nas últimas décadas, o
perfil de morbimortalidade na população mundial. As doenças neurodegenerativas apresentam
grande prevalência, principalmente em idosos, sendo a doença de Parkinson (DP) a segunda
mais comum, afetando cerca de 1% das pessoas acima de 60 anos. A DP possui etiologia
desconhecida na grande maioria dos casos, mas sabe-se que decorre da perda de neurônios
dopaminérgicos da substância negra do mesencéfalo. A sintomatologia é ampla, sendo as
manifestações motoras as mais evidentes, como o tremor de repouso, a bradicinesia, a rigidez
e a instabilidade postural. As manifestações não motoras também são importantes, afetando a
cognição, sono e sistema autônomo. O tratamento da DP é baseado nas manifestações de cada
paciente, mas o pilar principal é a reposição de dopamina. Por ser uma doença degenerativa, a
evolução da doença é inevitável. Até então, agentes neuroprotetores – que freiam ou retardam
a progressão da doença – são pouco estudados no tratamento da DP. Diante desse cenário,
torna-se imprescindível a busca de estudos que mostrem agentes com efeito neuroprotetor.
Objetivo: Sintetizar as evidências disponíveis na literatura acerca do efeito neuroprotetor de
agentes utilizados na doença de Parkinson, bem como sua repercussão clínica. Método: A
revisão sistemática foi desenvolvida conforme o protocolo Preferred Reporting Items for
Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA – Anexo A) e cadastrada no sistema
PROSPERO de catálogo de revisões sistemáticas (424442). A pesquisa foi realizada nas bases
de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Embase e PubMed. Os critérios de inclusão
foram ensaios clínicos e ensaios randomizados controlados, publicados entre os anos
2012-2022 e disponíveis em texto completo. A pesquisa nas bases de dados foi realizada com
a chave de busca: ((neuroprotection) OR (neuroprotective agent)) AND (parkinson disease)).
Em seguida, dois autores realizaram, separadamente, a seleção dos artigos em duas etapas: (1)
seleção por título e resumo e (2) seleção por texto completo. Após essa seleção inicial, com o
auxílio de um terceiro autor, os artigos discordantes foram analisados, sendo excluídos ou
incluídos na seleção final. A avaliação da qualidade metodológica foi feita através do Joanna
Briggs Institute Critical Appraisal Checklists (Anexo B) para ensaios clínicos randomizados.
A descrição narrativa foi utilizada para a apresentação dos resultados, como também para a
discussão. A revisão não foi financiada. Resultados: Após exclusão de duplicatas, 401
estudos foram avaliados, sendo selecionados para esta revisão um total de 14 artigos. Os
estudos foram conduzidos em diferentes países, sendo a maioria realizada no Reino Unido e
nos Estados Unidos. Do total, sete eram duplo-cego, três open-label, três simples-cego e um
triplo-cego, dos quais dez foram controlados com placebo. Diversos agentes neuroprotetores
foram investigados, incluindo fármacos, suplementos nutricionais e fitoterápicos. A avaliação
do efeito neuroprotetor foi principalmente baseada em medidas clínicas, como a Escala
Unificada de Avaliação da Doença de Parkinson. Nove artigos não relataram efeito
neuroprotetor, sendo que três identificaram efeitos sintomáticos da intervenção, ou seja, após
o término da administração do agente, o benefício não se manteve, excluindo a possibilidade
de neuroproteção. Cinco estudos relataram diminuição da progressão da doença, apontando
um possível efeito neuroprotetor do agente, os quais indicaram a realização de ensaios
clínicos randomizados duplo-cego com maior número de participantes para a confirmação da
neuroproteção na DP. Conclusão: Não existe nenhum estudo comprovando a existência de
agentes com efeitos neuroprotetores na Doença de Parkinson. Entretanto, alguns agentes
demonstraram ter um potencial efeito neuroprotetor, que precisa ser confirmado por estudos
maiores. Portanto, além da realização de estudos mais robustos, a busca por novos agentes
que consigam diminuir a progressão da DP deve ser encorajada. |
pt_BR |
dc.description.abstract |
Introduction: Over the past decades, the increase of chronic and degenerative diseases has
changed the morbimortality profile in the global population. Neurodegenerative diseases are
quite prevalent, especially among the elderly, and, among these illnesses, Parkinson disease
(PD) is the second most common, affecting about 1% of people over 60 years old. In most
cases, the etiology of PD is idiopathic, but it is known that it results from death of
dopaminergic neurons of midbrain’s substantia nigra. The symptoms are diverse, but the most
evident manifestations are the motor ones, such as resting tremor, bradykinesia, rigidity, and
postural instability. Non-motor manifestations are also important, affecting cognition, sleep
and autonomic system. The PD treatment is based on symptomatic manifestations of each
patient, but the main mechanism is dopamine supplementation. As a degenerative illness, the
disease progression is unavoidable. Until now, neuroprotective agents – that stop or slow
down the disease development – are barely studied. Accordingly, it is vitally important
searches that demonstrate neuroprotective effect. Objective: To synthesize the available
evidence in the literature regarding the neuroprotective effect of agents used in Parkinson
disease, as well as their clinical impact. Methods: This systematic review was conducted
following the Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses
(PRISMA) protocol and registered in the PROSPERO system for systematic review
registration (424442). The search was performed in the following databases: Virtual Health
Library (Biblioteca Virtual em Saúde – BVS), Embase, and PubMed. The inclusion criteria
were clinical trials and randomized controlled trials published between 2012 and 2022 and
available in full text. The database search was conducted using the following search terms:
((neuroprotection) OR (neuroprotective agent)) AND (parkinson disease). After that, two
authors conducted independently the article selection in two stages: (1) title and abstract
screening and (2) full-text screening. After this initial selection, discordant articles were
analyzed and either excluded or included in the final selection with the assistance of a third
author. The methodological quality assessment was performed using the Joanna Briggs
Institute Critical Appraisal Checklists for randomized controlled trials. The results and
discussion were described in a narrative way. The review was not funded. Results: After
excluding duplicates, 401 studies were evaluated, and 14 articles were selected for this
review. The studies were conducted in different countries, mainly in the United Kingdom and
the United States. Out of total, seven were double-blind, three were open-label, three were
single-blind and one was triple-blind, of which ten were placebo-controlled. Several
neuroprotective agents were investigated, including drugs, nutritional supplements and herbal
products. The neuroprotective effect’s evaluation was mostly based on clinical measures, such
as the Unified Parkinson's Disease Rating Scale. Nine articles did not report a neuroprotective
effect, and three of them identified only symptomatic effects of the intervention. That is, after
finishing the treatment, the benefits have not been kept, excluding the neuroprotector
potential. Five studies reported a disease progression decrease, indicating a possible
neuroprotective effect, and suggested conducting double-blind randomized controlled trials
with a larger number of participants to confirm neuroprotection in PD. Conclusion: There is
no study confirming the existence of agents with neuroprotective effects in Parkinson disease.
However, some agents have shown potential neuroprotective effects that need to be confirmed
by larger studies. Therefore, in addition to conducting more robust studies, the search for new
agents capable of delaying the progression of PD should be encouraged. |
pt_BR |
dc.format.extent |
39 f. |
pt_BR |
dc.language.iso |
por |
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dc.publisher |
Araranguá, SC. |
pt_BR |
dc.rights |
Open Access. |
en |
dc.subject |
Doença de parkinson |
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dc.subject |
Agente neuroprotetor |
pt_BR |
dc.subject |
Neuroproteção |
pt_BR |
dc.title |
Agentes neuroprotetores para o tratamento da doença de Parkinson: uma revisão sistemática da literatura |
pt_BR |
dc.type |
TCCgrad |
pt_BR |
dc.contributor.advisor-co |
Pimentel, Luciana Santos |
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