Abstract:
|
Introdução: Em 2019, a progressão rápida do SARS-CoV-2 trouxe à tona o agente da COVID-19, doença que progrediu rapidamente, culminando em uma pandemia. Tratando- se de uma doença nova, ainda são escassos os dados sobre consequências a longo prazo, bem como suas definições.
Objetivos: Estabelecer a prevalência dos principais sintomas presentes três meses após a infecção aguda pelo SARS-CoV-2, bem como os possíveis fatores associados à persistência desses sintomas.
Métodos: Estudo transversal de pacientes 90 dias após alta hospitalar ou após a resolução dos sintomas dos casos ambulatoriais. Foram avaliadas características individuais, tempo e local de cuidado da infecção aguda, bem como sintomas agudos e após 90 dias. Resultados: A análise de 123 pacientes após 90 dias evidenciou a frequência de dispneia de 34,1% (42), tosse 29,3% (36), cefaleia 27,6% (34) e astenia 22% (27). A astenia foi o único sintoma com associação significante com gravidade da infecção aguda (p 0,039), internação em leito de UTI (p=0,013), e necessidade de VNI (p=0,026). Conclusões: Dispneia, tosse, cefaleia e astenia foram os sintomas mais prevalentes 90 dias após a resolução do quadro agudo de COVID-19, sendo que naqueles que necessitaram de cuidado intensivo ou hospitalização devemos nos atentar para o desenvolvimento de astenia após a fase aguda |