La gestión de la locura: discursos y prácticas de la psiquiatría en Cuba

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Título: La gestión de la locura: discursos y prácticas de la psiquiatría en Cuba
Autor: Guevara Marzal, Javier Ernesto Ladrón de
Resumo: O objetivo desta tese é analisar a gestão do sofrimento mental pela psiquiatria ao longo da história de Cuba. Com esta pesquisa não procuro fazer uma história de Cuba ou de suas instituições de saúde mental, nem a história de grandes figuras ou grandes eventos no campo da psiquiatria. Minha proposta, inspirada na genealogia de Michel Foucault, é realizar uma análise histórica do saber psiquiátrico, procurando entender como seus discursos e as práticas associadas a eles surgiram, se transformaram e resistiram até os dias de hoje. Da mesma forma, me propus a analisar as rupturas e continuidades com modelos clássicos e modernos de gestão do sofrimento mental. As fontes de dados consultadas para a pesquisa são diversas, abrangendo uma gama de materiais, incluindo documentos históricos, livros, jornais, revistas, jornais, websites, publicações científicas, regulamentos legais, teses acadêmicas, material audiovisual e os resultados de entrevistas com especialistas cubanos. Todos estes materiais estão relacionados ao manejo do sofrimento mental e à prática da psiquiatria em Cuba. A gestão do sofrimento mental em Cuba esteve nas mãos das autoridades eclesiásticas até meados do século XIX, quando, coincidindo com a criação de um novo asilo para os loucos, foi introduzido o saber médico-psiquiátrico. Desde o início, a estratégia médica do asilo cubano foi inspirada na psiquiatria francesa, particularmente no discurso degeneracionista. A partir do século XX, o discurso psiquiátrico cubano foi orientado para a prevenção de doenças mentais, ao mesmo tempo em que tentava estender sua prática para além das paredes do asilo. Com a revolução de 1959 e o estabelecimento do modelo soviético em Cuba, houve uma ruptura significativa no discurso psiquiátrico, tendo a reflexologia e o pavlovismo como fundamentos teóricos e a filosofia marxista-leninista como fundamento político-ideológico. No entanto, a prática continuou sob os mesmos princípios de domínio e controle do paciente psiquiátrico, com terapias biológicas e ergoterapia ocupando um papel hegemônico. Com o desaparecimento do Campo Socialista nos anos 90, ocorreu a segunda ruptura no discurso psiquiátrico, com o abandono do paradigma soviético e um retorno à psiquiatria norte-americana. Mais uma vez, a prática psiquiátrica baseada no modelo biomédico, longe de ser transformada, continua sendo ortodoxa. Terapias como o eletrochoque ou técnicas como a contenção mecânica ou a contenção química através de drogas psicotrópicas, amplamente denunciadas em vários países do mundo como violações dos direitos humanos e por seus efeitos negativos comprovados, tanto físicos como psicológicos, continuam a ser aplicadas e defendidas.Abstract: The objective of this thesis is to analyze the management of mental suffering by psychiatry throughout the history of Cuba. With this research I do not seek to make a history of Cuba or its mental health institutions, nor the history of great figures or great events in the field of psychiatry. My proposal is, inspired by Michel Foucault's genealogy, to carry out a historical analysis of psychiatric knowledge, seeking to understand how its discourses and associated practices were emerging, transforming and resisting until today. Likewise, I proposed to analyze the ruptures and continuities with the classical and modern models of management of mental suffering. The data sources consulted for the research are diverse, covering a series of materials including historical documents, books, magazines, newspapers, websites, scientific publications, legal norms, academic theses, audiovisual material and results of interviews with Cuban experts. All these materials are related to the management of mental suffering and the practice of psychiatry in Cuba. The management of mental suffering in Cuba was in the hands of ecclesiastical authorities until the middle of the 19th century when, coinciding with the creation of a new asylum for the insane, medical-psychiatric knowledge was introduced. From its beginnings, the Cuban asylum medical strategy was inspired by French psychiatry, particularly the degenerative discourse. The Cuban psychiatric discourse from the 20th century onwards was oriented towards the prevention of mental illnesses, while trying to expand its practice beyond the walls of the asylum. With the revolution and the establishment of the Soviet model, there was a significant break in the psychiatric discourse, with reflexology and Pavlovism as theoretical support and Marxist-Leninist philosophy as political-ideological foundation. Nevertheless, the practice continued under the same principles of domination and control of the psychiatric patient, with biological therapies and ergotherapy occupying a hegemonic role. With the demise of the Socialist Camp in the 1990s, the second break in psychiatric discourse occurred, with an abandonment of the Soviet paradigm and a return to American psychiatry. Once again, psychiatric practice based on the biomedical model, far from undergoing transformations, continues to be orthodox. Therapies such as electroshock or techniques such as mechanical restraint or chemical restraint through psychotropic drugs, widely denounced in several countries around the world as violations of human rights and for their proven negative effects, both physical and psychological, continue to be applied and defended.
Descrição: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas, Florianópolis, 2022.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/247324
Data: 2022


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