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Os espaços físicos laborais, em geral, não são ambientes suportivos
aos trabalhadores que os utilizam. Como consequência, verificam-se os
crescentes números de doenças mentais intensificadas pelo estresse no
trabalho, como a ansiedade, o burnout e outras. Para amenizar este problema,
uma das vertentes que estudam a relação pessoa-ambiente e fatores de
redução de estresse é o estudo dos ambientes restauradores (restorative
environments), presente no campo da Psicologia Ambiental. Três autores,
Roger Ulrich (1984) (1992) e Rachel e Stephen Kaplan (1989) embasam
esse campo com duas teorias, descrevendo caracterísiticas ambientais mais
favoráveis à restauração do estresse ou da fadiga de atenção.
O objetivo deste trabalho, então, é descrever estratégias projetuais
de suporte a comportamentos restauradores em escritórios. Para tanto, a
metodologia adotada foi um estudo exploratório com pesquisa qualitativa e
quantitativa. Foram escolhidas 04 empresas locadas em Florianópolis - SC
como estudos de casos, onde foram realizadas as técnicas de levantamento
físico, entrevista, fotografia e observação direta assistemática do ambiente.
Nas entrevistas, quando convidados a responder sobre como
acontecia sua restauração dentro do ambiente laborial, foram identificados
20 comportamentos padrões para recuperação do estresse e da fadiga
da atenção, sendo agrupados em 10 categorias de acordo com suas
similaridades. Ainda, em 08 dessas 10 categorias foi possível criar
estratégias projetuais de suporte a realização desses comportamentos, com
vistas à restauração. A fins de exemplificação, foram ilustrados 03 modelos
de escritórios na tipologia mais comum de Florianópolis - SC, utilizando
tais estratégias projetuais. |
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