Comparativo de ação da fucoxantina em glioblastoma e tumores do trato gastrointestinal

Abstract

Câncer é um grupo diverso de doenças reunidas em um mesmo termo por possuir características semelhantes, tais quais o crescimento desordenado de células, capacidade de invasão de tecidos adjacentes ou à distância e perda de função. Deste grupo parte é composta pelos gliomas, representando cerca de 80% dos tumores do SNC. O glioblastoma multiforme (GBM) é o tipo de glioma mais prevalente e mais agressivo dos tumores malignos do SNC, além de ter um dos piores prognósticos com sobrevida de 32% em 12 meses após o diagnóstico, mesmo com a terapêutica atual. Tal terapia consiste em ressecção cirúrgica quando possível, havendo alta taxa de recorrência, radioterapia e quimioterapia com temozolomida. Sua agressividade, resistência e má delimitação são os seus principais fatores contribuintes para o reservado prognóstico do GBM. Essas características são devidos à sua fisiopatologia de alta capacidade proliferativa, migratória, invasiva, de evasão à apoptose, alta taxa de quimiorresistência e proliferação microvascular. Logo, terapias alternativas e complementares se fazem necessárias para o GBM. Compostos de fontes naturais têm se mostrado promissores aliados para o tratamento em câncer, sendo essas fontes, principalmente, algas marinhas comestíveis. Um desses compostos é a Fucoxantina (Fx), um abundante carotenoide marinho responsável pela cor marrom de algas pardas, com ações datadas em inflamação, oxidação, obesidade, diabetes e vários tipos de tumores. Desses tipos tumorais onde foi visto a ação da Fx, vários são os de TGI, tendo estudos in vitro, in vivo e clínicos. Então, o presente trabalho buscou comparar a ação da Fx em GBM e tumores do TGI, a fim de entender semelhanças e diferenças da resposta à Fx e mecanismos envolvidos, visando tal futura terapia alternativa e complementar necessária. Este comparativo foi realizado através de uma revisão bibliográfica de artigos selecionados nas bases de dados PubMed e Repositório Institucional da UFSC, sendo artigos que relacionam Fx com GBM e Fx com tumores do TGI.

Cancer is a diverse group of diseases reunited on a single term for having similar characteristics, like the disordered growth of cells, capability of adjacent or distant tissues invasion and loss of function. Part of this group is composed of gliomas, representing about 80% of the central nervous system (CNS). The glioblastoma multiforme (GBM) is the most prevalent and aggressive kind of glioma of the CNS malignant tumors, having one of the worst prognosis with 32% of survival in 12 months after the diagnosis, even with the current therapy. Such therapy consists of surgical resection when possible, having high rates of recurrence, radiotherapy and chemotherapy with temozolomide. Its aggressiveness, resistance and bad limitation are its main contributing factors for the reserved GBM prognosis. These characteristics are due to its pathophysiology of high proliferative capability, migratory, invasive, apoptosis evasion, high rates of chemoresistance and microvascular proliferation. Therefore, alternative and complementary therapies are necessary for GBM. Compounds from natural sources have been shown to be promising allies for the treatment of cancer, edible seaweed being, mainly, these sources. One of these compounds is the Fucoxanthin (Fx), an abundant marine carotenoid responsible for the color of brown algae, with dated actions in inflammation, oxidation, obesity, diabetes and many kinds of tumors. From these tumor types, where its been seen the effect of Fx, many are of the gastrointestinal tract (GIT), having in vitro, in vivo and clinical studies. Hence, the present study sought to compare the action of Fx in GBM and in GIT tumors, in order to understand similarities and differences of the response to Fx and its mechanism involved, aiming such alternative and complementary therapy needed. This comparative was performed by a literature review of articles selected from the data base PubMed and Institutional Repository of the Federal University of Santa Catarina (UFSC), them being articles that relate Fx with GBM and Fx with GIT tumors.