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Introdução: A taxa de cesáreas está aumentando mundialmente e no Brasil, além de
uma das maiores taxas mundiais, há uma grande discrepância nas taxas de cesáreas
conforme o tipo de financiamento do parto. Objetivo: Analisar as taxas de cesáreas do
SUS e da saúde suplementar bem como a porcentagem dos nascimentos que ocorreram
pelo SUS na região Sul e seus estados no período de 2010 a 2019. Métodos: Trata-se
de um estudo epidemiológico transversal descritivo da série histórica de 2010 a 2019,
utilizando dados públicos secundários do Departamento de Informática do Sistema Único
de Saúde (DATASUS). A taxa geral de nascimentos foi obtida no Sistema de
Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). A taxa de cesárea foi calculada dividindose o número de cesáreas pelo número de nascimentos. A taxa de cesarianas no Sistema
Único de Saúde (SUS) foi obtida com dados dos procedimentos hospitalares no SUS
(partos e cesarianas). Os dados do sistema privado foram obtidos por aproximação,
subtraindo o número de procedimentos obstétricos hospitalares SUS do número de
nascidos vivos. A contribuição de cada grupo (SUS e saúde suplementar) para a taxa
global de cesárea foi obtida dividindo o número de cada grupo pelo número total de
cesarianas. Foram excluídos os casos com via de nascimento ignorada. Resultados e
conclusão: Em toda a região Sul ocorreram 3.889.096 nascimentos no período do
estudo. Foram excluídos 1889 casos com via de parto ignorada (<0,05% do total). A
maioria dos nascimentos da amostra ocorreu por cesárea, com 61% no período. A taxa
de cesáreas no SUS variou de 38% em 2010 a 48% em 2019(média de 44%); no sistema
suplementar, essa taxa variou de 92% em 2010 a 87% em 2019 (média de 89,6%). Os
nascimentos pelo SUS correspondem a 62,7% do total de nascimentos, em média. Santa
Catarina foi o estado com menor taxa global de cesáreas da região, oscilando entre 58%
e 61%, com média de 58,8%. Paraná e Rio Grande do Sul apresentaram taxas de
cesáreas de aproximadamente 61,7%. |
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