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O presente artigo discorre sobre a temática família, tendo a categoria cuidado o
elemento a ser problematizado. Mais que isto, o quanto este cuidado é designado às
mulheres, no exercício da maternidade e de que forma isto tem se configurado um aspecto
significativo nos litígios judiciais, no tocante as disputas de guarda e convivência familiar
judicializados na Vara da Família. Importante considerar que histórica e culturalmente, após
o rompimento conjugal as decisões judiciais têm designado o cuidado às mães e o “sustento
material” aos pais, bem como o “direito a visitas”. Tal padronização tem sido alterada
paulatinamente, numa perspectiva de compartilhamento do cuidado pelas figuras parentais,
o que tem sido fonte de maiores embates judiciais. Assim, problematizar a costura que o
cuidado foi sendo constituído é fundamental para compreender o acirramento das contendas
judiciais, no tocante ao compartilhamento das responsabilidades com os filhos e filhas
advindas de relacionamentos desfeitos. |
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