Abstract:
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Este diário pretende discutir os conceitos expostos por Jacques Derrida sobre o arquivo
no livro Mal de arquivo: uma impressão freudiana.
Inicialmente, esses conceitos seriam aplicados à análise de um filme que se utiliza de
material de arquivo em quase toda a sua composição, mas serviriam também a uma reflexão
sobre a prática do uso de arquivo no Cinema.
O trabalho, para essa forma como fora proposta, era dado como certo que seria feito
na forma de um Ensaio (à la Montaigne). Contudo, diante das imensas dúvidas, angústias e
indagações que o texto me proporcionou, resolvi transformá-lo em um diário, forma que
combina sobremaneira com o conceito de arquivo em questão, como algo indefinível e aberto
ao futuro, e cuja definição seria "uma responsabilidade para amanhã. O arquivo, se queremos
saber o que isto teria querido dizer, nós só o saberemos num tempo porvir. Talvez. Não amanhã,
mas num tempo por vir, daqui a pouco ou talvez nunca." |