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Os programas de melhoramento genético buscam selecionar genótipos superiores e
utilizam primeiramente, a variabilidade genética natural existente entre as plantas da
espécie. Quando a variabilidade genética natural já foi amplamente utilizada, os
melhoristas utilizam estratégias de ampliação da variabilidade genética, principalmente
com as hibridações. Adicionalmente, a hibridação promove a combinação de fenótipos
superiores. Contudo, em tais cruzamentos podem ocorrer ausência de compatibilidade,
que pode resultar em falha no desenvolvimento e germinação da semente híbrida ou até
mesmo infertilidade do híbrido. Neste sentido, o objetivo da presente proposta era avaliar
o desempenho das gerações híbridas obtidas através das hibridações entre genitores de
linhaça (Linum usitatissimum L.) dourada e marrom. Para este fim, o resultado das
hibridações entre quatro linhagens de linhaça dourada (LIN36, LIN49, LIN57 e LIN88)
do programa de Melhoramento Genético da UFSC (GenLin) e duas cultivares comerciais
de linhaça marrom (Aguará INTA e Caburé INTA) foram avaliados na Área Experimental
Agropecuária da UFSC, no município de Curitibanos-SC, entre os anos de 2021 e 2022.
Os genótipos foram cultivados em vasos de plástico de 8 litros preenchidos com solo,
previamente adubado. Por ocasião do florescimento iniciou-se as hibridações. Ao final
foram contabilizadas a porcentagem de cápsulas viáveis e o número de sementes por
cápsula. Em seguida as sementes híbridas de cada cruzamento foram semeadas à campo.
Após a colheita as plantas foram avaliadas conforme, morfologia e produtividade de
grãos. Em virtude das análises realizadas pode-se afirmar que não ocorreu
incompatibilidade, então os cruzamentos para ampliação da variabilidade genética na
linhaça são viáveis, embora sejam entre genótipos de pools gênicos diferentes. Vale
ressaltar que algumas das atividades desenvolvidas passaram por adaptações em virtude
da pandemia do COVID-19 |
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