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Os resíduos sólidos urbanos (RSU) são um desafio mundial, uma vez que a sua produção está
estreitamente ligada ao crescimento populacional. De 2010 até 2019, a geração de RSUs no
Brasil passou de 67 milhões para 79 milhões de tonelada por ano. Segundo Maimunah Sharif,
chefe do programadas Nações Unidas para Assentamentos Humanos, anualmente são
produzidas 2 bilhões de toneladas de resíduos no mundo. Diferentes processos relacionados à
geração e à gestão dos RSUs emitem de forma direta e indiretamente Gases do Efeito Estufa
(GEE). As emissões ocorrem desde a extração de matérias primas até a destinação final, sendo
ela adequada ou não. Considerando a relevância do tema, em especial no âmbito das mudanças
climáticas, no presente estudo, foi realizada a análise das emissões evitadas de CO2-eq, a partir
da reciclagem de resíduos recicláveis secos e compostagem de resíduos orgânicos. A
metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica, a partir de artigos científicos e fontes
validadas, com o objetivo de obtenção de dados quantitativos de emissões em processos de
reciclagem e compostagem, em comparação a produção dos mesmos materiais, a partir de
matéria prima virgem. Os resultados apontaram que modelos de gestão de reciclagem e
compostagem, se operados corretamente, oferecem uma redução significativa das emissões de
GEE. Para o plástico reciclado, a redução ficou na ordem de 85% em relação ao processo de
produção a partir de matéria prima virgem, e de 83% para compostagem em relação a disposição
de resíduos orgânicos em aterros. |
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