Avaliação de risco ambiental por fármacos antineoplásicos na região da Grande Florianópolis

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Avaliação de risco ambiental por fármacos antineoplásicos na região da Grande Florianópolis

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dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina
dc.contributor.advisor Michels, Camila
dc.contributor.author Zanchetta, Paula
dc.date.accessioned 2022-05-19T14:43:35Z
dc.date.available 2022-05-19T14:43:35Z
dc.date.issued 2021
dc.identifier.other 374438
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/234622
dc.description Dissertação (mestrado profissional) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Perícias Criminais Ambientais, Florianópolis, 2021.
dc.description.abstract Os fármacos antineoplásicos são utilizados no tratamento contra o câncer e são lançados no meio ambiente principalmente através da excreção de pacientes em tratamento. Esse tipo de composto vem chamando atenção por conta das suas características toxicológicas, mutagênicas e citostáticas, uma vez que atua diretamente no DNA, podendo causar danos aos organismos aquáticos, bem como aos seres humanos. Atualmente, os fármacos antineoplásicos não possuem nenhuma legislação específica quanto ao seu monitoramento em ETE (estação de tratamento de efluentes) ou em águas para consumo humano. Por conta disso, este estudo buscou avaliar o consumo de fármacos antineoplásicos para a região da Grande Florianópolis no período de um ano, onde foram utilizados dados de duas UNACON (unidade de alta complexidade oncológica). Foram identificados 43 fármacos, sendo os mais consumidos a capecitabina, hidroxiureia e fluorouracil, com 140,2 µg/hab.dia, 113 µg/hab.dia e 11,6 µg/hab.dia, respectivamente. Foi realizada, também, a avaliação de risco ambiental, através da metodologia proposta pela EMEA, na qual foram calculadas as PEC (Concentração Ambiental Prevista) para os 43 fármacos, 13 destes foram selecionados para prosseguir para a Fase II, a determinação da PNEC (Concentração Prevista sem Efeito) e RQ (Quociente de Risco) e apenas o imatinibe apresentou valor de RQ superior a 1, sendo então submetido a Fase II, nível B, onde então seu valor ficou inferior à unidade. Os valores obtidos revelam que não há risco ambiental associado a presença dos antineoplásicos avaliados. O maior valor de RQ foi de 0,325 para o imatinibe, enquanto o menor foi de 1,10.10^-6 para a ifosfamida. A maioria dos valores encontrados estão entre três e cinco ordens de magnitude mais baixas do que o mínimo valor para ser classificado como ?risco moderado?. A avaliação das características físico-químicas mostra que alguns dos fármacos possuem potencial de bioconcentração, como é o caso do mitotano (BCF 3.500), tamoxifeno (BCF 1.230) e dietilestilbestrol (BCF 1.600). A vimblastina chama atenção devido a sua persistência no ambiente, que pode chegar a 5 anos. Assim, evidencia-se que esses fármacos devem ser avaliados de forma individual e a longo prazo, uma vez que podem apresentar riscos significativos, caso seja comprovada a sua permanência no ambiente. Além disso, com as informações de parâmetros físico-químicos disponíveis neste momento, foi possível determinar qual o melhor local para investigar a presença de determinado fármaco ? água, sedimento ou organismos aquáticos. Apesar das baixas concentrações identificadas não apresentarem risco, de acordo com a metodologia seguida, é inevitável que o consumo e disponibilidade deste tipo de composto aumentem ao longo dos anos, sendo importante o monitoramento da presença desses medicamentos e de seus metabólitos, além dos seus níveis de toxicidade. Ademais, as organizações governamentais de meio ambiente e de saúde devem se mostrar atentas para a necessidade de formulações de políticas e diretrizes para futuras regulamentações deste tipo de poluente.
dc.description.abstract Abstract: Antineoplastic or anticancer drugs are used in cancer treatment and are discharged in the environment mainly through the excretion of patients undergoing treatment. These compounds are attracting attention due to its toxicological, mutagenic and cytostatic characteristics, which acts directly on DNA. For that matter, they can cause damage to aquatic organisms as well as to humans. Currently, antineoplastic drugs do not have any specific regulation regarding their monitoring in WWTP or waters for human consumption. Because of this, the present research aimedt to evaluate the consumption of this type of drug for Florianópolis region, located in the southern Brazil, during one year, where data from two high-complexity oncology units were used. Forty-three drugs were identified. The most consumed antineoplastics were capecitabine, hydroxyurea and fluorouracil, with 140.2 µg/inhab.day, 113 µg/inhab.day and 11.6 µg/inhab.day, respectively. The environmental risk assessment was performed using the methodology proposed by the European Agency for the Evaluation of Medical Products (EMEA). The Predicted Environmental Concentration (PEC) for the 43 drugs was calculated and 13 of those have been selected to proceed to Phase II, where the PNEC (Predicted no Effect Concentration) and RQ (Risk Quotient) calculations were made, and only imatinib presented a RQ value > 1, being submitted to Phase II tier B, where its value decreased to 1The numbers obtained indicate that there is no environmental risk associated with the presence of the evaluated antineoplastics. The highest RQ was 0.325 for imatinib, while the lowest was 1.10x10^-6 for ifosfamide. Most values found were between three and five orders of magnitude lower than the minimum value to be classified as ?moderate risk?. The evaluation of physicochemical characteristics indicates that some of the drugs have bioconcentration potential, such as mitotane (BCF 3,500), tamoxifen (BCF 1,230) and diethylstilbestrol (BCF 1,600). While vinblastine has a significant persistence in the environment, reaching as long as 5 years, explaining the needs to assess drugs individually and in the long term. Furthermore, with the physicochemical parameters was possible to determine the best compartment to investigate the presence of specifics drugs ? in water, sediment or aquatic organisms. Although the low identified concentrations do not present an environmental risk, according to the performed methodology, it is inevitable that the consumption and availability of these compounds will increase over the years, making the monitoring process a necessary tool to always keep track of these drugs and their metabolites, and to further evaluate their levels of toxicity. Besides, the environmental and health governmental agencies must keep track formulation policies and guidelines for future regulations about this type of pollutant. en
dc.format.extent 108 p.| il., gráfs.
dc.language.iso por
dc.subject.classification Perícia (Exame técnico)
dc.subject.classification Agentes antineoplásicos
dc.subject.classification Medicamentos
dc.subject.classification Avaliação de riscos ambientais
dc.subject.classification Toxicologia ambiental
dc.title Avaliação de risco ambiental por fármacos antineoplásicos na região da Grande Florianópolis
dc.type Dissertação (Mestrado profissional)
dc.contributor.advisor-co Schneider, Elisângela Edila


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