Análise de interações medicamentosas em pacientes com dor tratados com codeína em uma unidade básica de saúde no município de Joinville - SC

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Análise de interações medicamentosas em pacientes com dor tratados com codeína em uma unidade básica de saúde no município de Joinville - SC

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dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina
dc.contributor.advisor Ferreira, Juliano
dc.contributor.author Costanzi, Ricardo Chiste
dc.date.accessioned 2022-05-19T14:40:05Z
dc.date.available 2022-05-19T14:40:05Z
dc.date.issued 2021
dc.identifier.other 374668
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/234545
dc.description Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia (Mestrado Profissional), Florianópolis, 2021.
dc.description.abstract A dor é um dos principais motivos para procura por atenção primária em unidades básicas de saúde (UBS) no Brasil, especialmente dores crônicas. A codeína é um fármaco opioide importante no tratamento medicamentoso da dor moderada que é mais dispensado nas UBS. Porém o uso prévio ou concomitante da codeína com outros fármacos pode causar alterações nos seus efeitos analgésico e adversos (interação(s) medicamentosa(s) - IM). Pouco é conhecido sobre as interações presentes nas prescrições de opioides no âmbito da atenção básica, o que eventualmente pode trazer prejuízos aos pacientes e ao Estado. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar o perigo de IM nas prescrições dispensadas na atenção primária (UBSF Aventureiro 1, Joinville, SC) para pacientes com dor e em uso de codeína. Uma análise de relatórios do sistema de informação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) (Olostech®) estimou cerca de 325 pacientes em uso crônico de codeína (junho 2020 -2021). Duzentos e um pacientes foram convidados a participar da pesquisa, mas somente 102 assinaram o TCLE e responderam nosso questionário estruturado. A maioria dos pacientes entrevistados foram mulheres, = 60 anos, com dor a mais de 3 anos, de grande intensidade, que ocorre todos os dias e que interfere muito em várias atividades diárias. Além de dor crônica, 82% dos entrevistados possuíam outras doenças, especialmente hipertensão, depressão, diabetes, asma e hipercolesterolemia. Na sua última prescrição, para a maioria dos pacientes foi prescrito de 90 a 120 comprimidos de codeína em uma dose diária de 90 a 120 mg, em associação com o paracetamol e por médicos que atuam na saúde da família. A maioria dos pacientes entrevistados relatou estar em uso de codeína a mais de 2 anos e ter um alívio bom ou muito bom de sua dor pela codeína. Somente 13% dos entrevistados não perceberam efeitos adversos relacionados aos medicamentos e 24% não relacionaram esses efeitos ao uso da codeína, sendo xerostomia, constipação e sonolência os efeitos mais citados em ambos os casos. Mais de 60% dos pacientes utilizavam 4 ou mais fármacos durante seu tratamento com a codeína. Antidepressivos tricíclicos (46%), diuréticos tiazídicos (29%), hipolipemiantes tipo estatina (28%), antidepressivos inibidores seletivos da receptação de serotonina (25%), antidiabéticos tipo biguanida (22%) e ansiolíticos benzodiazepínicos (16%) foram as classes de fármacos mais citados e utilizados a mais de 1 ano pela maioria dos pacientes (81%). Quando observada a relevância clínica, 58% dos pacientes utilizavam algum outro fármaco que poderia interagir de forma altamente significativa com a codeína (especialmente ansiolíticos tipo benzodiazepina 16% ou nãobenzodiazepina 7%, gabapentinoides 16% e tramadol 5%) e 90% dos pacientes utilizavam algum outro fármaco que poderia interagir de forma moderadamente significativa com a codeína (especialmente amitriptilina 46%, hidroclorotiazida 29%, losartana 26%, fluoxetina 19% e atenolol 16%). Assim, esse estudo demostrou que pacientes em uso contínuo de codeína dispensadas na atenção primária (UBSF Aventureiro 1, Joinville, SC) possuem dor crônica, intensa e debilitante e estão muito sujeitos a efeitos adversos, a polifarmácia e a IM clinicamente relevantes.
dc.description.abstract Abstract: Pain is one of the main reasons for seeking primary care in Basic Health Units (BHU) in Brazil, especially chronic pain. Codeine is an important opioid drug in the drug treatment of moderate pain, which is more widely used in BHU. However, the previous or concomitant use of codeine with other drugs can cause changes in its analgesic and adverse effects (drug-drug interaction(s) - DDI). Little is known about the interaction present in the prescription of opioids in the context of primary care, which can eventually harm patients and the State. Thus, the aim of this study was to analyze the danger of DDI in prescriptions dispensed in primary care (Basic Family Health Unit - BFHU Aventureiro 1, Joinville, SC) for patients with pain and using codeine. An analysis of reports from the information system of the Municipal Health Department (MHD) (Olostech®) estimated approximately 325 patients with chronic use of codeine (June 2020- 2021). Two hundred and one patients were invited to participate in the research, but only 102 signed the consent form and answered our structured questionnaire. Most interviewed patients were women, = 60 years old, with pain for more than 3 years, of great intensity, which occurs every day and which interferes a lot in various daily activities. In addition to chronic pain, 82% of respondents had other diseases, especially hypertension, depression, diabetes, asthma and hypercholesterolemia. In its latest prescription, most patients were prescribed 90 to 120 codeine tablets in a daily dose of 90 to 120 mg, in combination with paracetamol and by physicians who work in family health. Most interviewed patients reported having been using codeine for more than 2 years and having good or very good relief from their pain by codeine. Only 13% of respondents did not perceive adverse effects related to medications and 24% did not relate these effects to the use of codeine, with xerostomia, constipation and drowsiness being the most cited effects in both cases. More than 60% of patients used 4 or more drugs during their treatment with codeine. Tricyclic antidepressants (46%), thiazide diuretics (29%), statin-type lipidlowering drugs (28%), selective serotonin reuptake inhibitor antidepressants (25%), biguanidetype antidiabetics (22%) and benzodiazepine anxiolytics (16%) were the drug classes most cited and used for more than 1 year by most patients (81%). When clinical relevance was observed, 58% of patients used some other drug that could interact in a highly significant way with codeine (especially anxiolytics such as benzodiazepine 16% or non-benzodiazepine 7%, gabapentinoids 16% and tramadol 5%) and 90% of patients used some other drug that could interact in a moderately significant way with codeine (especially amitriptyline 46%, hydrochlorothiazide 29%, losartan 26%, fluoxetine 19% and atenolol 16%). Therefore, this study demonstrated that patients in continuous use of codeine dispensed in primary care (BFHU Aventureiro 1, Joinville, SC) have chronic, intense and debilitating pain and are very subject to adverse effects, polypharmacy and clinically relevant DDIs. en
dc.format.extent 128 p.| il., gráfs.
dc.language.iso por
dc.subject.classification Farmacologia
dc.subject.classification Opióides
dc.subject.classification Atenção primária à saúde
dc.subject.classification Dor
dc.title Análise de interações medicamentosas em pacientes com dor tratados com codeína em uma unidade básica de saúde no município de Joinville - SC
dc.type Dissertação (Mestrado)


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