Abstract:
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O presente trabalho investiga aspectos centrais da ideologia dominante na arquitetura, que perpassam tanto o desenho quanto o canteiro de obras, abordando elementos acerca da espoliação e superexploração dos sujeitos diretamente envolvidos no trabalho braçal da construção. Para tal, foi realizada uma revisão bibliográfica sobre o tema a partir dos escritos de Karl Marx (1867), Henri Lefebvre ([1974] 2000; [1968] 2008), Sérgio Ferro ([1976] 2006), bem como demais autores e autoras inseridos no campo da Teoria Marxista da Dependência e da Perspectiva Racial que se destacam aqui como marco teórico escolhido. Nesse sentido, o objetivo geral do trabalho é identificar o papel dos atores urbanos na construção da arquitetura e da cidade como obra e o papel dos autores hegemônicos através do seu planejamento como mercadoria e apropriação privada. A hipótese inicial, confirmada ao final do trabalho, é que o processo produtivo de arquitetura na sociedade capitalista cumpre uma função específica para a reprodução do capital através da ideologia imposta pelo sistema com o objetivo de encobrir as relações sociais e as contradições entre as classes. |