Abstract:
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A morte faz parte da vida e está presente no cotidiano de todos. No entanto, os espaços de morte são negligenciados, desprezando-se a oportunidade que têm, como arquitetura, de influenciar positivamente as relações e vivências neles. A arquitetura pode, dentro do possível, minimizar a dor e o trauma e facilitar o luto. Através da sua materialidade a vida que já não existe se faz permanecer na memória, transformando a arquitetura em monumento.
De forma a valorizar os espaços de morte dando-lhes dignidade e lugar dentro da dinâmica urbana se propõe neste trabalho uma arquitetura funerária que tenha como essência a memória, o acolhimento e a relação com a natureza. Ainda, inserindo-a em local estratégico na cidade de Florianópolis, pretende-se fomentar uma reflexão sobre nossa relação com a morte, os impactos negativos dos tradicionais métodos de sepultamento e o direito de acesso da população a uma despedida digna e ecologicamente mais correta.
A proposta consiste em um Crematório e Parque Memorial público para a cidade de Florianópolis, que navegue entre a impermanência do corpo físico e a permanência da memória. |