Abstract:
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“The rime of the ancient mariner” ou “A balada do velho marinheiro”, poema narrativo que
abre a primeira edição da coletânea Lyrical Ballads (1798),1 é o mais longo e emblemático poema
de Samuel Taylor Coleridge; contendo sete partes e 625 versos, é considerado um dos marcos
inaugurais do Romantismo inglês. Valendo-se de antigas formas da poesia popular – pois a balada
tem origens medievais – o poema narra a incrível história de um marujo que, sem motivos, mata
com uma flecha de sua besta um albatroz que acompanhava o navio, provocando a perdição de sua
nau e de toda a tripulação.
Em 2018, “A balada” completa 220 anos da sua primeira publicação e a sua permanência na
cultura popular pode ser verificada nas inúmeras alusões, homenagens e paródias que possui.2 O
albatroz, o navio fantasma, o velho marinheiro sentenciado a vagar pelo mundo consumido pela
angústia que o impele a relatar sua história funesta (que Harold Bloom interpreta à luz da narrativa
do judeu errante) são elementos que até quem nunca leu o poema poderá reconhecer. O conjunto
de referências, símbolos e imagens literárias presentes nos versos inspirou a imaginação de artistas
em diferentes épocas, que recriaram e disseminaram seus elementos temáticos em outras artes.Apresenta-se aqui a historia do poema e de suas traduções para cinco línguas. |