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Introdução: o nascimento prematuro é responsável por altas taxas de morbidade e mortalidade neonatal e alguns hábitos de vida materno durante a gestação podem ser fatores que predispõem ao parto precoce. Entre esses hábitos, está o uso de medicamentos, sendo que, no Brasil, ainda ocorrem altas taxas de automedicação, o que aumenta as chances de intoxicação e efeitos adversos. Objetivo: analisar a relação entre o uso de medicamentos durante a gestação e a prematuridade. Métodos: estudo transversal, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina. A amostra foi composta por 20 recém-nascidos pré-termo e 128 recém-nascidos a termo internados no alojamento conjunto e na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de um hospital público na cidade de Araranguá. Os dados foram coletados a partir de dados do prontuário e de entrevista com a mãe. Resultados: a idade gestacional média foi de 38,57 ± 1,39 semanas e 33,28 ± 2,05 semanas para os recém-nascidos a termo e recém-nascidos pré-termo, respectivamente. A relação entre o nascimento prematuro e o uso de medicamentos durante a gestação foi estatisticamente significativa (p = 0,01). Conclusão: em nosso estudo, ocorreu uma relação positiva entre o uso de medicamentos durante a gestação e o parto precoce, entretanto, são necessários mais estudos para identificar quais os medicamentos que podem estar associados e a relação com a automedicação. Implicações clínicas: diante desse resultado, destaca-se a importância do acompanhamento dos hábitos de vida maternos durante o período pré-natal e a orientação sobre o uso de medicamentos. |
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