Perfil epidemiológico das intoxicações por etanol antes e durante a pandemia de Covid-19 registrados no Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina

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Perfil epidemiológico das intoxicações por etanol antes e durante a pandemia de Covid-19 registrados no Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina

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Title: Perfil epidemiológico das intoxicações por etanol antes e durante a pandemia de Covid-19 registrados no Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina
Author: Weber, Amabile Aparecida
Abstract: Estima-se que, no Brasil, 68,1% das pessoas já tenham ingerido etanol, principal componente das bebidas alcoólicas, ao menos uma vez na vida. No ano de 2020, com a pandemia de COVID-19 e a falta de tratamentos disponíveis, muitos governos implementaram medidas de distanciamento social. Não se sabe ao certo o quanto essas medidas podem impactar no consumo de bebidas alcóolicas. Assim, o objetivo deste trabalho foi analisar o perfil clínico epidemiológico das intoxicações que ocorreram por etanol durante a pandemia de Covid-19 (2020) em comparação com os casos de intoxicação registrados nos 3 anos anteriores no Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC). Para isso, foi realizado um estudo descritivo, retrospectivo e transversal, baseado nas informações obtidas das fichas de atendimento geradas a partir dos casos de intoxicações por etanol atendidos no CIATox/SC. Como resultado obtivemos 1405 casos de intoxicação aguda por etanol no período estudado. No ano de 2020, houve uma diminuição de 22% no número de casos atendidos em relação ao ano anterior. A maioria dos casos de intoxicação ocorreram no sexo masculino (51,3%) e, no ano da pandemia, o perfil se alterou com o sexo feminino sendo responsável por 55,5% dos atendimentos. A circunstância de tentativa de suicídio foi predominante (63,8%) e a faixa etária dos 20 a 49 anos a mais prevalente. A maioria das intoxicações tiveram uma ou mais substâncias envolvidas, além do álcool etílico (76%). A maioria dos casos teve gravidade final leve, representando 75% das ingestas. A Grande Florianópolis foi predominante no número de atendimentos (30,8%) e as estações do ano com mais casos de intoxicação por etanol foram a primavera e o verão (56,3%). Dessa forma, concluímos que houve uma diminuição do número absoluto de casos de intoxicação aguda por etanol atendidos no período da pandemia de COVID-19 e, ainda, houve um predomínio de casos de intoxicação em mulheres, perfil não encontrado nos três anos anteriores. Os casos de intoxicação são mais prevalentes na população jovens e em circunstância de tentativa de suicídio, sendo que, entre as mulheres, essa associação é ainda mais prevalente. Esses dados, quando analisado de forma conjunta, podem sugerir uma maior reatividade ao estresse no sexo feminino. Ainda, com o intuito de aumentar os efeitos dos produtos ingeridos, a maioria das intoxicações por álcool não ocorrem isoladamente, sendo comum a exposição a múltiplas substâncias. Mesmo assim, a grande maioria dos casos cursa com gravidade leve, não necessitando de tratamentos em enfermarias ou unidades de terapia intensiva.
Description: TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde. Medicina.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/230152
Date: 2021-11-24


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