Influência da comunidade bentônica na pressão alimentar dos peixes recifais em ilhas oceânicas do Atlântico Sul

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Influência da comunidade bentônica na pressão alimentar dos peixes recifais em ilhas oceânicas do Atlântico Sul

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Título: Influência da comunidade bentônica na pressão alimentar dos peixes recifais em ilhas oceânicas do Atlântico Sul
Autor: Victorino, Gabriel Bortoluzzi
Resumo: Devido ao seu isolamento geográfico, as ilhas oceânicas apresentam características singulares como alta taxa de endemismo, baixa riqueza de espécies e uma baixa interferência antropogênica. Essas características proporcionam condições ideais para estudos ecológicos e evolutivos que abordam diferentes grupos taxonômicos. Nos ambientes recifais, os peixes desempenham um papel importante atuando em todos os níveis de consumidores da cadeia trófica. Estão diretamente ligados, através da atividade alimentar, com a estrutura e dinâmica da comunidade bentônica. Apesar disso, são poucos os estudos que buscam relacionar as interações da comunidade bentônica com os peixes das ilhas oceânicas do Atlântico Sul. Buscando preencher essa lacuna no conhecimento, nosso objetivo foi avaliar a influência da comunidade bentônica na interação alimentar dos peixes recifais em quatro ilhas oceânicas do Atlântico Sul. Para isso investigamos se os peixes recifais forrageiam em substratos bentônicos mais abundantes ou apresentam alguma seletividade alimentar? Para isso, foram utilizadas filmagens remotas para quantificar a pressão alimentar dos peixes, e fotoquadrados para estimar a porcentagem de cobertura dos diversos organismos que compõem a comunidade bentônica associado ao substrato recifal dessas ilhas. A pressão alimentar dos peixes foi relacionada com a comunidade bentônica através de uma análise de redundância canônica, com subsequente análise de variância. Contrariando nossa hipótese, os peixes mostraram preferência por forrageio em microhabitats específicos. Esse padrão indica que a abundância de um microhabitat não influencia na preferência de forrageio dos peixes. Os grupos tróficos apresentaram uma seletividade por microhabitat e forrageio de acordo com o que é conhecido para sua ecologia trófica, ou seja, herbívoros/detritívoros tenderam a forragear sobre o microhabitat TURF que é composto principalmente de algas e detrito. Já os peixes onívoros mostraram uma atividade alimentar mais associada com o substrato Macroalgas, onde possivelmente conseguem tanto matéria vegetal quanto pequenos invertebrados associados como crustáceos e poliquetos. Nesse estudo vimos uma dependência clara dos peixes com os diferentes substratos bentônicos o que demonstra a importância de haver uma heterogeneidade de microhabitats para garantir a diversidade de peixes.
Descrição: Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica. Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Biológicas Departamento de Ecologia e Zoologia
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/227621
Data: 30-08-20


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