Novos derivados do probucol e seus efeitos em modelos de isquemia

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Novos derivados do probucol e seus efeitos em modelos de isquemia

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Título: Novos derivados do probucol e seus efeitos em modelos de isquemia
Autor: Vieira, Leonardo Eugênio
Resumo: Ocupando lugar de destaque entre as principais causas de lesão ao tecido cerebral e consequente incapacidade funcional permanente, a isquemia cerebral ou acidente vascular encefálico isquêmico é uma condição onde observa-se a interrupção permanente ou transitória do fluxo de sangue para determinada região do cérebro, geralmente em decorrência da formação de trombos ou êmbolos que obstruem vasos que irrigam este tecido. A perda do aporte sanguíneo implica na falta de oxigênio e nutrientes que mantêm o funcionamento do metabolismo celular. A abrupta diminuição do suprimento de oxigênio e o estresse energético, juntamente com os eventos da cascata de lesão de reperfusão, resultam em uma severa degeneração de células neuronais que se traduzem em prejuízos neurológicos para o indivíduo. Neste cenário, o estudo de compostos com aplicações na prevenção ou recuperação dos danos causados pelos eventos do acidente vascular encefálico isquêmico é de grande interesse pela comunidade científica. Dentre os compostos com características promissoras na neuroproteção contra os eventos oxidativos da isquemia, destaca-se o probucol, uma droga hipocolesterolemiante que em estudos relativamente recentes também se mostrou com propriedades antioxidantes e neuroprotetoras. Apesar de suas características, a utilização clínica do probucol foi limitada devido a seus efeitos adversos em seres humanos, como a redução do colesterol HDL e alterações cardíacas. Desta forma, pesquisadores têm buscado compostos análogos ao probucol que mantenham sua capacidade antioxidante e neuroprotetora, mas que apresentem menos efeitos adversos. Neste estudo é investigada a capacidade neuroprotetora do composto C2, um novo análogo do probucol, contra os danos oxidativos da isquemia em ratos submetidos à um modelo de acidente vascular encefálico induzido por endotelina-1(ET-1), um potente vasoconstritor que impede a chegada de suprimento sanguíneo à região onde foi aplicado. Neste modelo, a indução da isquemia focal se dá através de 3 injeções administradas diretamente no hemisfério cerebral direito, contendo 800 pmol de ET-1 diluída em 2 μL de veículo. Para avaliar os déficits neurológicos relacionados ao desempenho dos animais, foram realizados três tipos de testes comportamentais no quinto dia após a indução da isquemia; são eles: o teste do cilindro, teste de remoção de adesivo e teste de equilíbrio do feixe. O tratamento com o composto C2 foi realizado através de injeções intraperitoneais nas concentrações de 20 mg/kg e 50 mg/ kg nos tempos de 1, 24, 48, e 72 h após a administração de ET-1. Os resultados dos testes comportamentais evidenciaram que os animais tratados com o composto C2 tiveram melhoras neurológicas significativas, possivelmente indicando sua participação importante na prevenção da morte celular oxidativa que ocorre como consequência do AVE isquêmico, embora outros estudos ainda sejam necessários para comprovar tal hipótese.
Descrição: Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de ciências biológicas. Departamento de bioquímica.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/227437
Data: 2021-05-25


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