Impacto das mudanças climáticas sobre o voltinismo da lagarta-da-soja, Anticarsia gemmatalis Hübner (Lepidoptera: Erebidae) no sul do Brasil.

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Impacto das mudanças climáticas sobre o voltinismo da lagarta-da-soja, Anticarsia gemmatalis Hübner (Lepidoptera: Erebidae) no sul do Brasil.

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Título: Impacto das mudanças climáticas sobre o voltinismo da lagarta-da-soja, Anticarsia gemmatalis Hübner (Lepidoptera: Erebidae) no sul do Brasil.
Autor: Santos, Hevellyn Talissa dos
Resumo: A lagarta-da-soja, Anticarsia gemmatalis Hübner é uma importante praga que causa prejuízos na cultura da soja. A dinâmica populacional e a biologia de A. gemmatalis são influenciadas por diversos fatores, sobretudo pela temperatura. Este fator influencia diretamente a capacidade das populações em aumentarem em número na lavoura e, diante disso, vem se dando interesse especial ao estudo do efeito das mudanças climáticas sobre os insetos pragas. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivos selecionar modelos matemáticos que descrevam adequadamente a relação entre a temperatura e a taxa de desenvolvimento de A. gemmatalis e aplicar os melhores modelos para prever o efeito das mudanças climáticas sobre o número de gerações anuais da espécie (voltinismo) no sul do Brasil. Os dados de tempo de desenvolvimento de A. gemmatalis em diferentes temperaturas foram obtidos da literatura. Ao todo, dez modelos matemáticos foram ajustados à taxa de desenvolvimento. O voltinismo foi estimado utilizando dados climáticos do presente e projeções para 2050 e 2070 baseado em cenários com taxas de emissão de gases do efeito estufa intermediárias (RCP 4.5) e elevadas (RCP 8.5) de acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças do Clima (IPCC). O modelo Briere-1 (D(T) = aT(T-TL)(TH-T)1/2) foi o que apresentou melhor ajuste para o ciclo ovo-adulto de A. gemmatalis. O voltinismo foi estimado com os modelos de Briere-1 e de graus-dia, que deriva do modelo linear (D(T) = a + bT). As regiões que apresentaram maior voltinismo compreenderam o noroeste do Paraná, oeste e nordeste de Santa Catarina e noroeste do Rio Grande do Sul, enquanto a região serrana de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul apresentaram o menor número de gerações anuais. Em geral, os modelos estimaram um aumento no número de gerações anuais de A. gemmatalis, que variou conforme os cenários de mudanças climáticas e o ano, chegando a 35% no cenário RCP 8.5 em 2070. Ao todo, 91,7% da variação no voltinismo é explicada pelo local, enquanto 3,4% e 3,2% são explicados pelos cenários de mudanças climáticas e ano, respectivamente. O presente estudo fornece uma importante contribuição para a compreensão das consequências do aquecimento global sobre o voltinismo da lagarta-da-soja, e indica que as condições climáticas futuras são favoráveis para a espécie na maior parte da região sul do país.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/227407
Data: 2020-08-24


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