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Os ímãs permanentes à base de Nd-Fe-B exercem um papel muito importante para uma ampla gama de dispositivos industriais, militares e de consumo. Dentre os diversos processos aplicados para a produção de ímãs permanentes estão inclusos os processos de usinagem que são responsáveis por garantir a precisão dimensional e de forma, qualidade da integridade da superfície, garantindo tolerâncias estreitas. Porém, na literatura científica ainda há uma escassez de informações sobre os processos de usinagem de ímãs de Nd-Fe-B e os fenômenos envolvidos na formação da superfície usinada, tal como o processo de corte com fio diamantado. Dessa maneira, o objetivo desse trabalho foi avaliar a integridade da superfície e propriedades magnéticas resultantes do corte de ímãs à base de Nd-Fe-B por fio diamantado. Foram realizados experimentos de corte de ímãs de Nd-Fe-B. Os parâmetros de velocidade de corte (vc) de 15, 20 e 25 m/s e espessura final das amostras (entre 180 e 500 µm) foram variados para uma velocidade de avanço (vf) de 1 mm/min constante. As análises da dureza, morfologia, rugosidade (Ra, Rq e Rt) e coercividade (Hcj) foram efetuadas utilizando: microdurômetro, microscópio eletrônico de varredura, interferômetro, perfilômetro e magnetômetro de amostras vibrantes, respectivamente. Os resultados obtidos mostraram que a dureza das faces paralela e perpendicular ao eixo de fácil magnetização foram semelhantes com médias de 658 e 625 HV, respectivamente. Apesar da natureza frágil do material não foi possível observar microtrincas formadas nos vértices das marcas do indentador para as cargas aplicadas. Quanto a morfologia da superfície usinada, verificou-se que a velocidade de corte tem influência sobre o regime de remoção de material que será predominante na usinagem – dúctil para velocidades maiores e frágil para velocidades menores. As velocidades de corte que apresentaram menor quantidade de crateras e maior formação de ranhuras livres de danos sobre a superfície usinada foram de 20 e 25 m/s. Com relação à rugosidade foi observado que o aumento da velocidade de corte de 15 para 25 m/s resultou na diminuição dos valores de Ra, Rq e Rt. Esse comportamento é atribuído a redução da penetração dos grãos abrasivos sobre a superfície da peça com o aumento da velocidade de corte, reduzindo a formação de crateras. Para a coercividade (Hcj), foi possível observar que na condição de vc 25 m/s o valor de Hcj reduziu com a diminuição da espessura da amostra. O aumento da velocidade de corte resultou nos melhores valores de H¬cj, uma vez que a qualidade da superfície usinada melhorou, indicando que os danos sobre os grãos da fase ferromagnética dura Nd2Fe14B são reduzidos. |
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