Estudo do comportamento lagrangeano de correntes longitudinais em uma praia oceânica aberta

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Estudo do comportamento lagrangeano de correntes longitudinais em uma praia oceânica aberta

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Título: Estudo do comportamento lagrangeano de correntes longitudinais em uma praia oceânica aberta
Autor: Oliveira, Maria Luiza Simões de
Resumo: As correntes longitudinais fazem parte do processo de movimentação, retrabalhamento e distribuição dos sedimentos ao longo da costa. Estas, variam de acordo com a morfologia da praia, altura e ângulo de incidência das ondas. Por sua vez, a morfologia da praia determina a velocidade e o padrão dos fluxos transversais e longitudinais das correntes em relação à costa. Este trabalho tem como objetivo descrever o comportamento das correntes longitudinais por meio de medições com flutuadores lagrangeanos em uma praia oceânica aberta. A partir desse objetivo, foi realizado um experimento entre os dias 27/04/2019 e 02/05/2019 na praia do Campeche, em Florianópolis (SC) onde foram coletados dados referentes a topografia praial com GPS cinemático, imagens aéreas via drone, parâmetros de ondas com ADCP e trajetória das correntes com flutuadores. O experimento iniciou em um período de maré de quadratura, com menor amplitude das marés. Até o final do experimento houve um aumento gradual da amplitude de maré com a aproximação das marés de sizígias. Os flutuadores, predominantemente, realizaram trajetórias meandrantes acompanhando a topografia da praia e da zona de surfe. A altura significativa das ondas não ultrapassou 1.8 m, registrando seus maiores valores no primeiro e último dia. O período esteve próximo de 8 s durante quase todos os dias do experimento, à exceção do último dia, quando apresentou períodos acima dos 10 s, indicando a chegada de uma nova ondulação. A direção de incidência de onda se manteve de leste durante quase todo experimento, contudo, no dia 02/05/2019 essa direção passou a ser de sul. As distâncias percorridas pelos flutuadores ao longo dos dias com menores amplitudes das marés, foram mais curtas, se comparadas aos últimos dias, quando o nível do mar era maior. Em relação as velocidades médias registradas pelos flutuadores, nos três primeiros dias foram encontradas menores variações em seus valores, concordando com a menor amplitude de maré. Já as maiores médias foram registradas no primeiro e último dia do experimento, coincidindo com os eventos de maiores alturas significativas das ondas. Também no último dia, quando a amplitude de maré foi maior, as velocidades médias dos flutuadores apresentaram variações de 0,36 m/s até 0,85 m/s, os menores e maiores valores de velocidade média encontrados no decorrer de todos os dias do experimento. Os flutuadores também indicaram velocidades longitudinais médias variando entre 0,17 m/s até 0,57 m/s, apresentando seus maiores valores nos dias 30/04/2019 e 02/05/2019. A partir do experimento, foi possível perceber uma influência direta da topografia local determinando a recorrência das trajetórias percorridas pelos flutuadores. Além disso, as velocidades médias registradas pelos flutuadores oscilaram de acordo as variações na amplitude de maré aliadas à altura e direção das ondas.
Descrição: Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica. Universidade Federal de Santa Catarina. Ciências Exatas, da Terra e Engenharias. Departamento de Oceanografia
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/226531
Data: 2021-08-22


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