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Nosso trabalho foi desenvolvido em formato exploratório, investigando possíveis orientações para a análise econômica da desigualdade social através de dois argumentos contidos na obra de Amartya Sen (1987, 1992, 1998) - ambos indicam a necessidade do pesquisador dedicar-se à questão “desigualdade de quê?”. O primeiro argumento afirma a complexidade e quase ubiquidade da igualdade como categoria ética que justifica o combate à desigualdade. Defendemos sua razão revisando uma série de proposições em teorias éticas ocidentais e em seguida sugerimos implicações metodológicas. O segundo argumento afirma a complexidade da desigualdade social como objeto de análise, considerando que, analisada em variáveis explicadas ou explicativas, ela pode envolver diversas capacitações humanas e não deve ser resumida à análise das disparidades de renda. Sustentamos essa perspectiva com base nos dados da PNAD de 2015, examinando determinantes da desigualdade educacional nas unidades federativas brasileiras e identificando resultados contraintuitivos, que sinalizam algum grau de independência em relação ao nível de renda local e portanto são convidativos para investigações futuras mais aprofundadas. |
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