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INTRODUÇÃO: A neuroinflamação é um mecanismo de resposta imune à diversos patógenos ou estímulos nocivos que ocorre nas células microgliais, sendo caracterizada por um estado de inflamação transitória. Uma endotoxina bacteriana, o lipopolissacarídeo (LPS) é capaz de induzir a ativação da micróglia e do complexo inflamassoma, o que culmina na produção de citocinais inflamatórias e estabelece a condição de neuroinflamação, a qual é evidenciada por mudanças fisiológicas e comportamentais como anedonia, redução na interação social, autolimpeza e atividade exploratória, e respostas termorregulatórias. OBJETIVO: Analisar as mudanças comportamentais e termorregulatórias no modelo de neuroinflamação induzida por LPS em camundongos. METÓDOS: O modelo experimental foi realizado em camundongos suíços machos de quatro meses de idade, divididos em grupo controle e grupo LPS. O LPS foi administrado por via intraperitoneal na dose de 0,33 mg/kg, após quatro horas, os animais foram submetidos aos testes de interação social e splash teste. A temperatura foi mensurada antes da administração LPS, e novamente após quatro e vinte quatro horas. RESULTADOS: O grupo LPS apresentou redução significativa na quantidade e tempo de interação social, e no comportamento de autolimpeza, e respondeu à infecção com uma redução muito expressiva da temperatura central e superficial. CONCLUSÃO: Os resultados deste experimento indicam que, a administração aguda de LPS estabeleceu o comportamento tipo-doentio nos camundongos, evidenciado por alterações comportamentais de autolimpeza e interação social e uma resposta termorregulatória hipotérmica transitória. |
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