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Especiarias são os produtos constituídos de partes de uma ou mais espécies vegetais. No Brasil o consumo de especiarias ganha cada vez mais notoriedade, devido a busca por sabores diferenciados e qualidade gastronômica. Entretanto, as especiarias são geralmente produzidas em regiões tropicais e subtropicais com altas faixas de temperatura, umidade e precipitação pluviométrica, o que favorece o desenvolvimento de microrganismos, sobretudo os fungos, dentre eles os potencialmente toxigênicos. Diante disso, esta revisão bibliográfica teve como objetivo revisar e compilar presença de fungos potencialmente toxigênicos em amostras de especiarias comercializadas no Brasil. Os resultados demonstraram que os níveis de contaminação fúngica de especiarias são diretamente relacionados pelas condições sanitárias das plantações, bem como os cuidados tomados durante a colheita, armazenamento, processamento e comercialização. Os principais fungos potencialmente toxigênicos contaminantes de especiarias comercializadas no Brasil são os gêneros Aspergillus e Penicillium, ambos possuem espécies produtoras de micotoxinas importantes como as aflatoxinas e a ocratoxina A, respectivamente. A ingestão de alimentos contaminados por micotoxinas podem causar efeitos agudos e crônicos em diferentes órgãos humanos e espécies animais, mesmo quando presentes em baixas quantidades. Portanto, medidas de prevenção da contaminação fúngica de alimentos devem ser aplicadas durante a pré/pós colheita, juntamente com a adoção de medidas como Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), Boas Práticas Agrícolas (BPA) e Boas Práticas de Fabricação (BPF), a fim de evitar ou diminuir contaminantes fúngicos, dentre eles os micotoxigênicos. |
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