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Resumo:
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Este artigo é o resultado de um projeto de iniciativa da Secretaria do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais (SEDAI) do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, que procurou incentivar ações que promovessem a exploração e o beneficiamento de pedras preciosas. No convênio, firmado entre SEDAI e o Curso de Design do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), de Santa Maria, foram realizadas as seguintes ações: levantamento das potencialidades e características da região de Quaraí, como mão-de-obra, cultura, recursos naturais e industriais; cursos de capacitação para os membros da Cooperativa de Mineradores de Quaraí (Coopergema) e pessoas da comunidade, abrangendo as cidades de Santana do Livramento e Barra do Quaraí, para que pudessem executar produtos com a utilização das pedras locais; desenvolvimento de produtos diferenciados que utilizaram as gemas e produtos naturais da região, incluindo-se luminárias, mosaicos, marchetaria, produtos cerâmicos, embalagens e jóias. O conhecimento proposto no projeto foi construído por meio de uma pluralidade de enfoques, que proporcionaram para os envolvidos um melhor entendimento e possibilidade de exploração dos materiais, principalmente a pedra. Constatou-se que é possível uma ação efetiva de extensão entre a academia e uma comunidade que possui uma cultura própria, com poucos recursos tecnológicos sem, contudo, abandonar a matéria-prima e o fazer local. Em um cenário onde é difícil a integração entre o design e o artesanato, destaca-se a importância do aprendizado, da prática e teoria, na elaboração do produto. No entanto, o desenvolvimento desses produtos requer um trabalho e um tempo que nem sempre é compreendido por pessoas alheias à atividade, sendo essa uma das dificuldades encontradas na sua elaboração. A expectativa é que as pessoas capacitadas tenham não só assimilado todas as técnicas, mas também que, principalmente, tenham desenvolvido uma visão crítica e abrangente do que é o mercado e de como os produtos nele se inserem. Embora não exista ainda um retorno das ações, em virtude de a Cooperativa dos Mineradores não ter uma produção efetiva, acredita-se que os conteúdos trabalhados serão aplicados em produtos diferenciados que, conseqüentemente entrarão no mercado competitivo. Espera-se que haja, com isso, um incremento na renda, na qualidade de vida e no desenvolvimento local e regional. |
