A permacultura inserida no debate das políticas públicas

Abstract

Esta tese tem como objetivo apresentar a Permacultura como possibilidade norteadora para políticas públicas voltadas para a felicidade humana. Neste trabalho discutimos a Permacultura como uma proposta a ser inserida nas Políticas Públicas, enquanto instrumento para promover a felicidade das pessoas. No sistema capitalista temos que as necessidades humanas são medidas e pensadas com base na aquisição de bens de consumo e serviços e não naquilo que torna pessoas felizes. Para mudar tal quadro apresentamos a Permacultura enquanto ferramenta filosófica e pedagógica que possibilita o direcionamento das políticas públicas pautadas na felicidade humana conforme são apresentadas pela Felicidade Interna Bruta, do Butão e Buen Vivir, do Equador e Bolívia. Apesar de serem propostas advindas de contextos sócio-históricos distintos, tanto a Felicidade Interna Bruta, quanto a proposta do Buen Vivir apresentam similaridades em relação as questões ambientais e aquilo que apresentam como reais necessidades humanas. Utilizando o método da História Oral, onde discutimos o resultado das entrevistas efetuadas com permacultores, que apontam outras possibilidades para repensar políticas públicas, pautadas na premissa de uma relação mais harmoniosa entre humanos e natureza, sem a dissociação das questões sociais e ambientais. Compreendemos que a popularização das práticas da Permacultura constitui meio que possibilita alcançar a felicidade humana. Logo é necessário que sejam incorporadas nas políticas públicas os meios que facilitem o acesso à terra, aos materiais de produção agrícola, ao conhecimento e insumos necessários para a sua aplicação.

Abstract: This thesis has as objective to present the Permaculture as propose for Public Policies, to use it as a tool to promote happiness to people. In the capitalist system, there is an understanding that human needs are measured and thought based on the acquisition of consumer goods and services rather than on what makes people happy. To change such picture, we present the Permaculture as a philosophical and pedagogical tool that enables the direction of public policies ruled by human happiness, as presented by the Gross National Happiness, from Bhutan and Buen Vivir, and from Ecuador and Bolivia. Although they are proposals coming from different socio-historical contexts, both the Gross National Happiness as well as the propose from Buen Vivir, present similarities as to environmental issues and what is presented as real human needs. Using the oral history method, where we discuss the result of the interviews made with permacultivators, which point to other possibilities for rethinking public policies, more guided by the premise of a more harmonious relationship between humans and nature, without the dissociation of social and environmental issues. We understand that the popularization of Permaculture practices constitutes a way to achieve human happiness. Therefore, it is necessary to incorporate in public policies the means to facilitate access to land, to agricultural production materials, to the knowledge and to the inputs necessary for its application.