dc.description.abstract |
Objetivo: Realizar a tradução e a adaptação transcultural da Escala GASE (Global Assessment of Severity of Epilepsy) para que o instrumento seja utilizado em países falantes de língua portuguesa.
Métodos: Estudo transversal e multicêntrico. Dados clínico-demográficos foram obtidos dos pacientes, que responderam ao questionário GASE e a um inventário para diagnóstico de depressão e ansiedade (HADS-D e HADS-A) e rastreamento de efeitos adversos (AEP). Os médicos assistentes também responderam ao GASE e forneceram dados sobre sua experiência clínica em epileptologia.
Resultados: Foram entrevistados 113 pacientes, no período de agosto a dezembro de 2018, com média de idade de 39,57 anos, 63,7% do sexo feminino e mediana de escolaridade de 11 anos. A tradução e adaptação transcultural do instrumento GASE ocorreu de forma satisfatória, sendo que apenas 4% dos entrevistados afirmou ter tido dificuldade para entendê-lo. Os pacientes obtiveram pontuação média de 3,39 (mínimo-máximo = 1-7) no GASE. Houve correlação positiva estatisticamente significante com a frequência de crises, escores no AEP, HADS-A e HADS-D. Os escores autorrelatados pelos pacientes correlacionaram-se de forma moderada, estatisticamente significante, com os escores fornecidos pelos seus médicos-assistentes.
Conclusão: O GASE é um instrumento de fácil aplicação na população brasileira, capaz de avaliar a gravidade global da epilepsia nos pacientes com a doença.
Palavras-chave: Epilepsia. Gravidade da epilepsia. Neurologia. |
pt_BR |