Frequência alimentar para o cultivo de juvenis de suruvi Steindachneridion scriptum

Abstract

O presente trabalho foi realizado com objetivo de determinar a frequência alimentar ideal para a criação de juvenis de suruvi (Steindachneridion scriptum), um bagre nativo da região sul do Brasil, que apresenta características favoráveis para a sua utilização na piscicultura brasileira, com base no crescimento, composição corporal e atividade das enzimas digestivas. Para tanto três frequências alimentares (alimento ofertado uma, duas ou três vezes ao dia) foram avaliadas em um delineamento inteiramente ao acaso, durante 60 dias. Os peixes, com peso médio inicial de 60,19 ± 10,67 g, foram alimentados diariamente até a saciedade aparente. As variáveis de crescimento não apresentaram diferença significativa (P > 0,05) entre os tratamentos. Da mesma forma não houve diferença significativa na composição corporal de proteínas e lipídios. A atividade enzimática da protease ácida e da amilase foram significativamente (P < 0,05) influenciadas pela frequência alimentar, porém não houve influência sobre a atividade da protease alcalina e da lipase. O perfil proteolítico representa a fisiologia digestiva dos juvenis de suruvi, que, embora seja carnívoro, apresentou capacidade para digerir o amido da ração. Portanto, sugere-se alimentar os juvenis de suruvi somente uma vez ao dia.<br>

Abstract : The present work was carried out to determine the ideal feeding frequency for the juvenile of suruvi (Steindachneridion scriptum), a native catfish of the southern region of Brazil, which presents favorable characteristics for its use in Brazilian fish farming, based on growth, body composition and activity of digestive enzymes. Three food frequencies (food offered one, two or three times a day) were evaluated in a completely randomized design for 60 days. The fish, with initial mean weight of 60.19 ± 10.67 g, were fed daily until apparent satiety. Growth variables did not present a significant difference (P> 0.05) between treatments. Likewise, there was no significant difference in the body composition of proteins and lipids. The enzymatic activity of acid protease and amylase were significantly (P <0.05) influenced by feed frequency, but there was no influence on alkaline protease and lipase activity. The proteolytic profile represents the digestive physiology of suruvi juveniles, which, although it is carnivorous, presented capacity to digest the starch of the ration. Therefore, it is suggested to feed the juveniles of suruvi only once a day.