História para amplas audiências: Maria Graham, a historiografia infanto-juvenil e as dinâmicas do gênero História (1810-1840)

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História para amplas audiências: Maria Graham, a historiografia infanto-juvenil e as dinâmicas do gênero História (1810-1840)

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Título: História para amplas audiências: Maria Graham, a historiografia infanto-juvenil e as dinâmicas do gênero História (1810-1840)
Autor: Dias, Danielly Campos
Resumo: Durante o século XVIII britânico, com a ampliação do público leitor de história e o surgimento da esfera pública burguesa, é construído um novo espaço literário de discussão sobre temas vistos como universais e pautados em um princípio de igualdade intelectual característico da modernidade. Inserido neste contexto, o projeto em questão tem como objetivo lançar luz sobre as histórias alternativas produzidas por mulheres durante os séculos XVIII e XIX, tendo em vista a tensão entre as práticas e métodos historiográficos masculinos e femininos. Diante disso, são importantes balizas epistemológicas as questões de gênero, da história da historiografia e da profissionalização da História como uma disciplina acadêmica. Com essa abordagem pode-se indagar o cânone historiográfico e pensar qual foi o lugar relegado às historiadoras nesses últimos séculos. No datado período, a literatura educacional era o campo que oferecia às mulheres a aceitação social pública de seus discursos de forma mais harmônica com o ideal de comportamento feminino vigente, possibilitando que estas pudessem participar da construção política, em ambiente literário, da nação. É neste meio que Maria Dundas Graham Callcott, ou Maria Graham, escreveu histórias direcionadas ao público infanto-juvenil, como a Little Arthur’s History of England, lançada em 1835, que vendeu mais de oitocentos mil exemplares entre edições e reedições até o século XX. Tendo isso em vista, a construção de um banco de dados sobre as obras de história nacional infanto-juvenil e adulta no século XVIII e XIX mostrou-se necessária para que se pudesse testar a hipótese da aderência de mulheres ao gênero da história nacional educacional, o impacto dessa participação, as tendências e divergências a serem observadas na escrita dessas mulheres, o diálogo existente entre as historiadoras, entre diversas outras questões. Assim, realizou-se a execução de um levantamento das histórias nacionais infanto-juvenis publicadas na Grã-Bretanha entre 1729 e 1850, sobre as quais foram catalogadas as obras e suas características em grandes tabelas de registros no Excel, além de contemplar o download das obras disponibilizadas em domínio público. Para além, cabe ressaltar o estudo das fontes, onde pôde-se visualizar as diferenças no estilo da escrita, na incisão da palavra, na compreensão do mundo e na maneira de criar de cada autora que capitaneou seus ensinamentos em prol de uma infância e de uma mocidade que ansiava por entender e participar das mudanças que ocorriam em seu mundo.
Descrição: Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica da UFSC. Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Departamento de História.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/212368
Data: 2020-08-23


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