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O câncer representa um dos principais problemas de saúde do mundo, sendo
40% das neoplasias de cabeça e pescoço correspondente à cavidade oral. Quase
todos os pacientes que recebem terapia de radiação para câncer de cabeça e pescoço
desenvolvem mucosite oral, definida como uma inflamação da mucosa oral resultante
dos efeitos tóxicos dos agentes quimioterápicos e da radioterapia. Atualmente, embora
seu impacto clínico seja significativo, não existe terapia para esta condição. Estudos
demonstram que o Sucralfato pode ser recomendado no tratamento e prevenção da
mucosite oral, uma vez que atua como citoprotetor, ligando-se a proteínas de carga
positiva nas erosões e úlceras da mucosa, formando uma barreira protetora e induz a
síntese de prostaglandinas, melhorando a produção de muco e fluxo sanguíneo para a
mucosa. Além disso, vários polímeros estão sendo investigados e utilizados no
desenvolvimento de formas farmacêuticas mucoadesivas, entre elas os hidrogéis têm
se mostrado uma forma promissora para administração oral de fármacos. Neste
contexto, foram desenvolvidos hidrogéis de Sucralfato com propriedades
mucoadesivas a partir da mistura dos polímeros Carbopol, HPMC e CMCNa por
metodologia já descrita na literatura, visando maior eficiência no tratamento da
mucosite oral por prolongar o tempo de residência do fármaco no local de ação e
permitir sua liberação diferenciada. A avaliação dos sistemas foi realizada por meio da
determinação do pH, espalhabilidade, viscosidade e teste de bioadesão in vitro. Com
base nos resultados obtidos foi possível demonstrar que a mistura entre diferentes
polímeros potencializou as características mecânicas e as propriedades biodesivas
dos hidrogéis. Ainda, a incorporação do Sucralfato otimizou a mucoadesividade dos
sistemas, evidenciando a capacidade do fármaco em se aderir à mucosa e protegê-la. |
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