Participação dos receptores hipocampais do neuropeptídeo Y na modulação da memória avaliada no labirinto aquático

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Participação dos receptores hipocampais do neuropeptídeo Y na modulação da memória avaliada no labirinto aquático

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Título: Participação dos receptores hipocampais do neuropeptídeo Y na modulação da memória avaliada no labirinto aquático
Autor: Soares, Ericks Sousa
Resumo: Memória é a capacidade de armazenar informações e posteriormente conseguir recuperá-las e utilizá-las. Dentre as várias áreas cerebrais envolvidas no processamento das memórias está o hipocampo situado nos lobos temporais do cérebro, responsável pelo processamento e armazenamento da informação, e tendo papel importante na navegação espacial. Dentre os vários transmissores que afetam as várias etapas da memória se pode citar os neuropeptídeos, amplamente distribuídos pelo sistema nervoso central e com ações moduladoras, como é o caso do neuropeptídeo Y (NPY). Este possui 5 receptores conhecidos e atua diminuindo os níveis de AMPc por meio da inibição da adenilato ciclase. Sabe-se que ele é capaz de extinguir uma memória aversiva em protocolos de condicionamento aversivo contextual, mas ainda não está claro como exatamente ele faz isso ou, ainda mais importante, se ele pode modular respostas ao estresse em contextos menos aversivos, como o labirinto aquático, teste amplamente utilizado para estudos de memória não declarativa. O objetivo do presente trabalho foi investigar como o NPY do hipocampo dorsal de ratos estaria envolvido nas etapas de formação de memórias, utilizando o paradigma do labirinto aquático. Nossos resultados mostram que uma dose de apenas 1 pmol de NPY imediatamente após a sessão de treino foi capaz de gerar uma resposta amnésica nos animais e que o estresse de contenção agudo atenua os efeitos do neuropeptídeo, fazendo com que os animais não mais lembrem da situação aversiva a qual foram submetidos. Além disso, tal dose não afetaria outras etapas da memória, mas unicamente a consolidação da mesma. Neste contexto observou-se a participação dos receptores Y1 e Y2 do NPY atenuando respostas que, sem o estresse, não seriam visualizadas. Desta forma, o NPY pode se tornar uma ferramenta viável não somente para aquelas memórias extremamente aversivas, como também para contextos com um menor grau de aversidade. Tais descobertas ajudam a entender mais sobre o complexo mundo do NPY, como ele funciona frente a situações pouco ou muito estressantes e revela seu potencial como uma futura alternativa viável para o tratamento de transtornos de memória, como o transtorno do estresse pós-traumático, por exemplo.<br>Abstract : The ability to store information and then be able to retrieve and use it is known as memory. The hippocampus is one of the various brain areas involved in the processing of memory types. It is responsible for the processing and storage of information and has an important role in spatial navigation. Besides classical transmitters that affect memory, there are the neuropeptides, widely distributed in the central nervous system, such as the neuropeptide Y (NPY). NPY has 5 known receptors that inhibit adenylyl cyclase and decrease AMPc. Studies show that NPY is able to extinguish an aversive memory in contextual aversive conditioning protocols but it is unclear how it works accurately or if it can modulate stress responses in tests with less aversive contexts, such as the water maze. The aim of the study was to investigate how NPY of the dorsal hippocampus of rats would be involved in the steps of memory formation using the water maze. Our results show that 1 pmol of NPY injected immediately after the training session generated an amnesic-like effect in the animals and that the restraint stress attenuates the effects of the NPY, so the animals do not longer remember the situation they have been through. Moreover, this dose does not affect other stages of memory but only its consolidation. The participation of NPY Y1 and Y2 receptors was observed attenuating responses that, without stress, would not be visualized. Therefore, the NPY can become a viable tool for both extremely aversive memories and contexts with a lower degree of adversity. Our findings contribute to a better understanding about the complex world of NPY, how it works during stressful situations and reveals its potential as a viable future alternative for the treatment of memory disorders such as post-traumatic stress disorder.
Descrição: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, Florianópolis, 2019.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/211708
Data: 2019


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