Abstract:
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Este trabalho se desenvolve como uma investigação sobre um gênero da dança contemporânea, chamado Contato Improvisação. Tomando-o como objeto de pesquisa em que teorias filosóficas orbitam como um instrumento de análise. Contemplando a gênese e desenvolvimento histórico do Contato Improvisação, para contemplar suas principais características como uma dança do simples mover que requer uma profunda concentração nas percepções. Após o evidenciar do objeto, se questiona a possibilidade artístico-estético de sua prática, que será analisada através de três arcabouços teóricos. Iniciando com “Verdade e Método” de Gadamer, investigando os conceitos de jogo e vivência, que demonstram a capacidade da lúdica e envolvente da arte. Depois, analisamos a obra “Produção de presença” de Hans Ulrich Gumbrecht, que reflete sobre uma arte não representativa, através de reflexão sobre a predominância do paradigma hermenêutica na contemporaneidade. Com tal diagnóstico de Gumbrecht, se percebe o Contato Improvisação como uma arte sem representação, que surgiu como um dispositivo contra a saturação da tradição. Com o último escopo teórico analisado, o texto “T.A.Z.” de Hakim Bay, indica-se a possibilidade de uma arte acontecimento, fora do museu e do palco, sem deixar qualquer objeto posterior, pois é uma arte que se dá na vivência. Ao fim do trabalho, percebe-se um gênero de dança que possibilita e busca uma fruição artístico-estética para seus próprios dançarinos, quando focam sua atenção nas percepções do corpo. |