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A perspectiva atual de exploração de gás de xisto por fraturamento hidráulico (shale gas
fracking) no Brasil e, especialmente, na Bacia Geológica do Paraná, onde se situam não só as
imensas reservas de água subterrânea do Sistema Aquífero Guarani (SAG), do Sistema Aquífero
Serra Geral e do Sistema Aquífero Bauru/Caiuá, mas também os rios Uruguai, Paraguai e Paraná,
representa uma ameaça concreta à integridade dessas águas subterrâneas e superficiais, tanto pela
superexplotação como pela intensa poluição resultante do complexo processo de mineração e
descarte de águas carregadas com metano e outros hidrocarbonetos, substâncias químicas utilizadas
nos fluidos de fraturamento, salmouras naturais e os próprios metais pesados e outros elementos
presentes na rocha hospedeira do gás. Outra questão da maior importância, que tem sido
eventualmente negligenciada na literatura mais comum sobre esse processo, é o forte
comprometimento territorial resultante do elevado número de instalações necessárias para uma
produção significativa e continuada de gás, o que vem ocorrendo nas principais áreas de produção
dos Estados Unidos, como as dos folhelhos Barnett, no Texas, Fayetteville, no Arkansas, e
Marcellus, na Pensilvania. |
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