Relato de caso: linfoma multicêntrico e rangeliose em cão

Abstract

A rangeliose foi descrita pela primeira vez em 1908 no Brasil, sendo chamada de nambyuvú que na língua tupi-guarani, significa orelhas que sangram. A veracidade da doença sempre foi discutida na comunidade acadêmica e em 1926 a existência da doença foi rejeitada. Até o ano de 2004 não foram publicadas informações sobre Rangelia. vitalii e a doença passou a ser subdiagnosticada como babesiose. Em 2004, uma publicação resgatou o assunto no meio científico, e em 2011 comprovou-se através de análises moleculares que R. vitalii é uma espécie válida de piroplasmídeo. A doença é transmitida pelo carrapato Amblyomma aureolatum e causa anemia hemolítica extravascular ou intravascular. Nos últimos anos, o número de cães e gatos com neoplasias tem aumentado, o linfoma a terceira neoplasia mais comum nos cães. Tem origem linfoide e é caracterizado pela proliferação anormal de linfócitos malignos nos tecidos. O linfoma multicêntrico corresponde a 80% dos casos de linfoma em cães. Os sinais clínicos comuns a ambas as enfermidades são apatia, anorexia, desidratação, mucosas pálidas ou ictéricas, linfadenopatia generalizada, esplenomegalia, hepatomegalia e edema em membros pélvicos. Este trabalho tem como objetivo de relatar o caso de um cão diagnosticado com rangeliose e linfoma multicêntrico no Hospital de Clínica Veterinária da Universidade do Estado de Santa Catarina no município de Lages, SC.