Abstract:
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Em face à preocupação com o consumo desenfreado de agrotóxicos e seus potencias danos ao meio ambiente e à saúde humana, foi promulgada a Lei 9974/00, que estabeleceu responsabilidade compartilhada entre fabricante, revendedores de agrotóxicos, Poder Público e agricultores. Em 2002 surgiu o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias, o inpEV, no intuito de organizar a coleta e transporte das embalagens vazias de agrotóxicos (EVAs) para a correta destinação. O trabalho buscou avaliar a eficiência da logística reversa de embalagens de agrotóxicos no Norte do Paraná, procurando descobrir os determinantes para o sucesso do sistema e pontos positivos e negativos da região. Para tanto, realizou-se uma visita na ANPARA, local de recebimento das EVAs no norte do Paraná para coleta de informações qualitativas e quantitativas através de entrevistas e registro por fotos. Constatou-se que o programa de logística reversa de embalagens de agrotóxicos na região é satisfatório, com índice de devolução de 95% das embalagens, e que este possui estratégias que podem ser tomadas como modelo para outras regiões. Analisou-se que os principais fatores que influenciam no sucesso do sistema são a integração e cooperação entre todos os elos, educação ambiental ao agricultor, investimento em coletas itinerantes e a legislação. Apesar do grande sucesso da logística reversa, ainda notam-se pontos a serem melhorados, como a conscientização ambiental dos pequenos agricultores, tanto para a devolução das embalagens quanto aos perigos referentes às embalagens e o investimento na educação ambiental das futuras gerações. |