Abstract:
|
A fase de uso das edificações é caracterizada como um dos principais responsáveis pelo consumo de recursos naturais no mundo. Diante dessa problemática, iniciou-se discussões sobre a concepção de edifícios mais sustentáveis, comprovados por certificações ambientais. Portanto, o presente trabalho teve o objetivo de comparar os impactos potenciais da fase operacional de dois edifícios, com e sem certificação de boas práticas ambientais, através da metodologia de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV), para quantificar e analisar a contribuição dos seus impactos ambientais. O edifício sem certificação escolhido foi o Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental (ENS), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Enquanto que o edifício com certificação é o Office Park, com certificação LEED. Os fluxos do sistema de produto foram inventariados com dados primários das atividades de consumos de água e energia, transporte de pessoas, geração de resíduos e efluentes e consumo de produtos de manutenção foram inventariadas e modelados no software openLCA, e então traduzidos em potenciais impactos a partir do método TRACI. Os resultados mostraram que o transporte para o deslocamento de funcionários e alunos, devido ao uso de automóveis, e o consumo de energia são as atividades mais prejudiciais ao meio ambiente, identificadas como os gargalos do sistema. Quando comparado aos resultados obtidos para o edifício certificado como sustentável, o ENS apresentou comportamentos similares ao do Office Park, contudo, sempre em valores superiores, para todas as categorias de impacto avaliadas. Em seguida, foram propostos cenários de melhorias para a mitigação dos impactos provocados pelos gargalos identificados. Quando avaliadas as medidas em conjunto para o cenário mais otimista, é possível alcançar uma redução de até 32% nos impactos. |