dc.description.abstract |
A história do povo judeu se relaciona intrinsecamente com sua memória e sua mitologia sagrada. Este trabalho analisa o papel desta relação mnemohistórica com a articulação de uma identidade nacional do Estado de Israel, através de alegorias históricas na utilização do passado, mais especificamente no que toca à importância de Jerusalém e do Muro Ocidental no desenvolvimento identitário israelense. Para tanto, as narrativas bíblicas sobre o contexto da construção dos Templos e da centralização política da cidade são desdobradas e analisadas, e, posteriormente, referenciadas como estruturas poéticas mitológicas acessadas como legitimadoras da estruturação, da manutenção e das práticas de Estado de Israel. Complementando a primeira parte, o contexto palestino ao final do século XIX e início do século XX é apresentado como pano de fundo político para os dois conflitos de maior relevância para este trabalho: a Primeira Guerra Árabe-Israelense e a Guerra dos Seis Dias, que irão, juntamente com a tragédia da Shoah, dar forma à identidade nacional em Israel. Por fim este estudo apresenta a hipótese de que a história profana israelense, em um retorno alegórico ritualístico à mitologia bíblica, se confunde com a história sagrada judaica, reforçada pela uso do passado de Jerusalém e do Muro Ocidental. |
pt_BR |