Avaliação do processo de recobrimento e formação da meia pérola na ostra perlífera Pteria hirundo (Linnaeus, 1758).

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Avaliação do processo de recobrimento e formação da meia pérola na ostra perlífera Pteria hirundo (Linnaeus, 1758).

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Título: Avaliação do processo de recobrimento e formação da meia pérola na ostra perlífera Pteria hirundo (Linnaeus, 1758).
Autor: Vieira, Izabela Cleusa
Resumo: A Pteria hirundo é uma espécie nativa do Brasil. Trata-se de uma espécie da família Pteriidae com grande potencial econômico para aquicultura, por possuir um bom desempenho em cultivo, serem comestíveis e terem a capacidade de produzir meias pérolas. Este trabalho teve como objetivo avaliar o recobrimento detalhado da meia pérola ao longo das semanas com o auxílio de Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). O estudo foi realizado no Laboratório de Moluscos Marinhos (LMM, UFSC), na praia do Sambaqui (27°29'22.3" S e 48°32'16.7" W). Os animais foram anestesiados com fenoxetol propileno (2,5 mL.L-1 ), inoculados com um núcleo esférico de plástico (6mm). Em seguida, as ostras foram colocadas em lanternas definitivas e postas no mar, suspensas em sistemas flutuantes de long-line. Foram coletadas amostras de nucleação e manto de espécimes semanalmente entre a 1ª e 15ª semanas (animais após a inoculação) (n=3 por coleta, 45 animais no total). As amostras foram fixadas 2,5 % paraformaldeído e Tampão Fosfato a 0,1 M (pH 7,2), desidratadas em série etanólica crescente, secas com hexadimetil disilazona (HDMS) (amostras de nucleação), secas com ponto crítico (amostras de manto), recobrimento com ouro (espessura de 30 nm) e analisadas a 10 kV (JEOL Ltd; LCME, UFSC) juntamente com detector de raio X EDS-RX Thermoelectro. As analises macroscópicas mostram sucessivos ciclos de recobrimento e deposição de matriz e cristais (calcita e aragonita). Estas deposições aumentam a rididez e iridescência durante a formação da pérola. Estas deposições são bem demonstradas quando vistas ao MEV, estas micrografias demonstram sucessivas deposições de espículas de aragonita e, sequencialmente, um novo recobrimento de matriz que reorienta as espículas de aragonita em pellets e reorganizando um recobrimento em torno do núcleo formador da pérola. A finalização do processo se dá com a deposição de calcita que forma o nácar. Provavelmente o processo de formação de pérola completo deve levar de um a dois anos, conforme outros trabalhos com espécies do mesmo gênero. Fato observado ao final deste estudo onde há o aumento da iridescência do recobrimento. Este estudo possui relevância ao elucidar alguns dos passos de formação de pérola por ostra nativa. Através deste estudo espera-se contribuir para a elaboração de um protocolo de cultivo comercial de pérolas com ostras perlíferas nativas.
Descrição: TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Agrárias. Curso de Engenharia de Aquicultura.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/189394
Data: 2017-11-28


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