Abstract:
|
Novas estratégias de criação, desde a virada performativa das artes no século XX, apontam para a necessidade de novos entendimentos sobre os modos como a arte possa ser dita. Nesta pesquisa, é exposto o modo como Gadamer aborda a obra de arte em Verdade e Método. A partir desta análise, uma insuficiência na sua abordagem é apontada ao ser dada prevalência a noção de sentido. Por meio de dois teóricos das artes, Erika Fischer-Lichte e Hans Ulrich Gumbrecht, são apresentados outros tratamentos que se apoiam na noção de presença, focalizando a arte enquanto acontecimento emergente e repensando o modo como a experiência de sentido se dá na experiência estética. A caracterização da dança nos discursos filosóficos chama a atenção para a necessidade da vinculação dos discursos aos exemplares empíricos. É proposta uma definição de dança contemporânea baseada na necessidade de abarcar criações limítrofes que dão continuidade aos processos de criação de cultura e promovem a mobilização do conceito dança, transformando fronteiras em limiares e nos solicitando uma reorganização dos nossos modos usuais de ver e perceber o mundo. |